Críticas dos usuários
Críticas da imprensa
Média
4,7
9303 notas
Você assistiu Stranger Things ?
Crítica da série
5,0
Enviada em 3 de junho de 2022
Assisti à serie depois que tocou a música de kate bush, nossa amei a 4 temporada, super recomendo. Chorei ao ver a cena do vecta querendo matar a guria, mas ela conseguiu escapar ao som de Running Up That Hill
Crítica da 4 temporada
5,0
Enviada em 7 de abril de 2023
TEM SPOILERS!

Stranger Things (4ª Temporada)

Se a terceira temporada eu afirmei que ficou bem abaixo da primeira e da segunda, com certeza essa quarta voltou com a série nos eixos, trouxe novos personagens e um novo vilão que deu novos ares, uma nova cara, um novo fôlego, um novo rumo, sem sombra de dúvidas fez a série crescer e se sobressair em relação as temporadas anteriores.

Como no final do último episódio da temporada três tivemos a separação do grupo pela primeira vez, juntamente com aquela comoção da carta deixada pelo Hopper (David Harbour) e a sua possível morte. A quarta temporada já se inicia com o grupo separado, morando em outra cidade. Enquanto um grupo ficou morando em Hawkins, a família Byers e a Onze (Millie Bobby Brown) agora vivem em Lenora, no Kansas.

O primeiro episódio já começa nos mostrando a base do laboratório em Hawkins no ano de 1979, onde temos o surgimento de mais crianças com os mesmos poderes telecinéticos da Onze. Dessa vez a história se passa no ano de 1986, onde temos uma adaptação complicada da Onze em sua nova escola, onde ela sofre constantes bullyings (ela continua sem os seus poderes). Por outro lado temos uma Max (Sadie Sink) que está visivelmente transtornada e traumatizada pela morte do Billy (Dacre Montgomery) na temporada passada.
Uma coisa que chamou muita atenção nesse episódio foi como o elenco jovem cresceu em relação à temporada anterior. Se na temporada três eu já havia comentado toda essa diferença de tamanho em relação à temporada dois, aqui chega a ser assustador. A temporada três se passou no ano de 2019, já essa quarta teve sua estreia em maio de 2022, ou seja, quase 3 anos de espera de uma temporada para a outra. Fatalmente teríamos um elenco jovem que cresceria bastante e ficaria muito diferente do que estávamos acostumados. O Lucas (Caleb McLaughlin) foi um dos que mais mudaram. A Erica (Priah Ferguson) também mudou bastante, ela já não é mais aquela menininha da terceira temporada. Fora às notáveis mudanças de tamanho, também tivemos mudanças na voz dos atores e atrizes, como a própria voz da Millie Bobby Brown (sim, eu assisto legendado).

A série nos revela novos personagens:
Temos a nova rainha da escola, a patricinha Chrissy Cunningham (Grace Van Dien). Um personagem muito misterioso de início, Eddie Munson (Joseph Quinn). Jason Carver (Mason Dye), que chegou chegando na série com sua pinta de galã abandonado (ele é o namorado da Chrissy). Fred Benson (Logan Riley Bruner), que era um parceiro da Nancy (Natalia Dyer). E o hilário Argyle (Eduardo Franco), o novo amigo do Jonathan (Charlie Heaton).

A série segue com um segundo episódio surpreendente ao nos revelar o que eu já suspeitava desde a cena pós-crédito do último episódio da terceira temporada - Jim Hopper está vivo (para a alegria de todos). Ele sobreviveu à explosão e foi capturado pelos russos, que o levou aprisionado até uma base onde o mantém sobre tortura em um cativeiro. Robin (Maya Hawke) continua parceira de trabalho de Steve (Joe Keery), só que dessa vez em uma locadora. Temos um ponto bem curioso na série, que é um possível interesse do Will (Noah Schnapp) pelo Mike (Finn Wolfhard). Ou pelo menos foi isso que eu percebi, principalmente pela forma como ele olha para o Mike, e as suas constantes cenas de ciúmes em relação à Onze.

Um dos pontos mais positivos dessa temporada está exatamente no novo vilão - Vecna, o Mago das Trevas. Achei uma ideia genial deixar um pouco de lado o Devorador de Mentes e focar a temporada inteira na construção e no desenvolvimento de um novo vilão. Vecna é uma criatura diferente, com aquela aparência bizarra cheio de tentáculos, que ataca suas vítimas aleatoriamente. E é exatamente dessa forma que segue o terceiro episódio, nos confrontando com a maldição de Vecna ao atacar e matar de forma bizarra as suas vítimas, como aconteceu com a Chrissy e o Fred. A forma como o Vecna ataca e mata as suas vítimas é completamente bizarra e assustadora, os deixando todo torto, com os ossos todos quebrados e os olhos perfurados. Nesse episódio constatamos que o Murray (Brett Gelman) é o novo par da Joyce (Winona Ryder) em busca do resgate do Hopper. Sem falar que até o momento o Vecna só matou personagens secundários e nenhum do grupo principal, e nesse episódio ele passa a perseguir a Max, o que já me deixou bastante apreensivo e preocupado.

No episódio cinco temos uma cena que me deixou muito impactado, que é a cena em que o Hopper desabafa contando com foi toda a sua vida até aquele momento. Desde que ele perdeu sua filha e logo após a sua esposa o deixou. Depois a Onze e a Joyce entram em sua vida, o que o ajudou muito naquele momento em que ele estava entregue ao álcool e as drogas. Uma cena belíssima, pesada, forte, sem dúvida uma das melhores cenas de toda a temporada.

O final do sexto episódio também me deixou apreensivo e bastante preocupado, pois é exatamente a parte onde o Steve é capturado e levado para o Mundo Invertido, onde ele é duramente atacado por uma espécie de morcegos. Porém, já no começo do sétimo episódio a Robin e a Nancy adentram o portal e salvam o Steve (para a minha alegria). Nesse episódio temos o emocionante reencontro da Joyce com o Hopper. Vecna atacando a Nancy no Mundo Invertido, a fazendo reviver suas lembranças do passado envolvendo sua amiga Barb (Shannon Purser). Sem falar que especificamente nesse episódio temos revelações bombásticas envolvendo a face oculta do vilão Vecna. Temos todo o arco pessoal do personagem Peter Ballard / Henry Creel / Um (Jamie Campbell), que nos mostra toda sua construção desde a parte que ele tenta ajudar a Onze a fugir da base. Este episódio é muito bom por exatamente nos revelar os segredos que estavam por trás do Peter/Henry, por nos revelar o personagem Um, que a partir dele foi desenvolvida todas as outras crianças telecinéticas, incluindo a própria Onze. Todo desenvolvimento em cima do personagem para nos revelar que ele era o vilão Vecna é muito bom e muito condizente com toda história que estava sendo desenrolada. Inclusive a luta no final desse episódio entre o Um e a Onze é excelente. Uma das melhores cenas da temporada.

No episódio oito temos alguns arcos pessoais bem interessantes, como é o caso do Will sofrer por aconselhar o Mike que a Onze precisa dele e que ela irá voltar, enquanto ele próprio sofre calado por ter sentimentos guardados por ele. Temos aquela reaproximação da Nancy com o Steve, até pelo fato do Jonathan ter mudado para outra cidade e ela está se aventurando ao lado do Steve. É óbvio que a Nancy ainda tem sentimentos pelo Steve, porém não sei seu eu torço para este casal. Também temos aquela emblemática conversa entre a Onze e seu pai Dr. Martin Brenner (Matthew Modine), onde ela o acusa de ser o responsável por tudo que estava acontecendo naquele momento, e que ele era um verdadeiro monstro. Eu concordo plenamente com ela, realmente ele era um ser extremamente ambicioso.

Por fim chegamos no último episódio da quarta temporada de "Stranger Things". Um ponto que eu achei inusitado e bem curioso foi o fato da duração de cada episódio dessa temporada. Todos os episódios passaram de 1 hora de duração. Como é o caso do episódio 7, que teve 1h40m. Já o 8 teve 1h27m. E o 9 teve 2h22m. Esta quarta temporada deixou de ser uma série para se passar por um longa-metragem, principalmente o episódio 9.

O nono episódio facilmente classifico como o melhor episódio dessa temporada, o melhor das quatro temporadas e um dos melhores episódios de uma série que eu já assisti na vida.O episódio é excelente e já começa aquecendo os nossos corações com a finalmente cena do beijo entre o Hopper e a Joyce (como eu esperei por esta cena). Outra linda cena é aquela que o Steve desabafa com a Nancy ao revelar para ela o seu arrependimento de tê-la perdido há dois anos atrás. Aquela cena que eu já considero icônica do Eddie tocando guitarra naquele cenário no Mundo Invertido ao som da clássica "Master of Puppets" do Metallica. A luta contra Vecna ao som da lendária "Running Up That Hill" da Kate Bush. A Nancy enfrentando o Vecna no maior estilo bad ass de uma verdadeira Sarah Connor em "O Exterminador do Futuro". O lado oculto de Conan do Hopper sendo revivido naquela cena emblemática em que ele enfrenta a criatura com a espada. O maior acerto desse episódio é exatamente dosar muito bem a participação de todo o elenco envolvido naquela luta final, pois ali cada um cumpria muito bem a sua função que lhe foi designada.
É um episódio onde você tem aventura, confrontos, embates, humor, comédia, drama, suspense e consequentemente o terror. É um episódio onde você fica alegre, eufórico, surpreso, apreensivo, preocupado, triste, emocionado e termina com um nó na garganta. Um excelentíssimo episódio! Uma obra-prima de episódio!

O elenco da série sempre foi uma verdadeira obra-prima!
Winona Ryder sempre foi a cara dessa série, desde as primeiras temporadas onde ela era uma mãe preocupada e desesperada com os acontecimentos envolvendo o seu filho, já aqui ela passou a ser uma verdadeira aventureira. David Harbour excelente, pra mim é de longe a sua melhor temporada de toda a série. Impressionante o crescimento que o David alcançou com o personagem Hopper, passando desde o estigmatizado detetive para um verdadeiro sobrevivente desacreditado. Uma atuação magnífica de David Harbour na temporada. Millie Bobby Brown é outra que teve um crescimento absurdo com a Onze. Obviamente em todas as temporadas a Onze teve seu destaque e sua relevância, mas aqui ela vai ainda mais além, ela tem um algo a mais. Ela consegue compor uma personagem que sofre inicialmente com a mudança de cidade, com os bullyings, com a ausência do Hopper e do seu namorado Mike. Logo após ela sofre com os conflitos e os embates com o Dr. Martin Brenner quando está presa naquela base buscando ter de volta os seus poderes telecinéticos. Depois ela tem o embate com o Um e logo após ajuda os seus amigos na luta contra o Vecna. Mais uma atuação excelente de Millie Bobby Brown, a cara de "Stranger Things".

Sadie Sink também eleva o nível da sua personagem Max em relação a temporada passada. Aqui ela tem um notável crescimento, onde ela deixa de ser aquela adolescente que só queria se divertir para tomar uma postura mais centrada, mais importante, se colocando como peça-chave no contexto da história. Será que ela vai reagir no hospital na próxima temporada? Pois de fato ela ficou muito machucada após o confronto quase mortal com o Vecna. Sinceramente eu espero que ela não morra. Finn Wolfhard está com seu Mike bem mediano nessa temporada, realmente ele fica quase que escanteado depois que viaja para a cidade para reencontrar a Onze. O mesmo vale para o Noah Schnapp, que teve uma participação e uma relevância muito maior nas primeiras temporadas como Will. Nessa temporada ele também fica bem escanteado na história, se limitando unicamente a aconselhar o Mike em relação à Onze e nutrir seus sentimentos afetivos.

Por outro lado o Gaten Matarazzo só cresce com seu personagem Dustin, assim como já vinha crescendo na temporada passada, quando ele foi muito importante para a história. Quero destacar aqui aquela cena em que ele tem uma atuação absurda ao ser confrontado com a morte do Eddie, e a cena em que ele revela para o tio do Eddie a sua morte lhe entregando aquele colar. Mais um que eu afirmo ter a sua melhor apresentação dentro de toda a série. Caleb McLaughlin também nos impressiona com o seu crescimento no personagem Lucas, passando a ser peça-chave nos confrontos entre o Grupo do Jason em busca do Eddie. Também preciso destacar aquela cena em que ele vê a Max possivelmente morrer ali na sua frente, onde ele tem uma atuação dramática grandiosa, nos revelando o ótimo ator que ele é.

Nancy Wheeler, Robin Buckley e Steve Harrington foram os três personagens que mais cresceram de patamar nessa temporada. A sempre bela e estonteante Natalia Dyer volta a ter um grande protagonismo nessa temporada em relação à temporada anterior. Pois na temporada 3 a Nancy ficou muito limitada, não teve o mesmo brilho e a mesma importância que havia alcançado nas temporadas 1 e 2. Aqui ela volta a ser extremamente relevante e sua personagem tem um crescimento e um destaque fundamental na história. Maya Hawke entrou para a série exatamente na temporada anterior, e sua personagem Robin também ficou limitada dentro do contexto geral. Aqui ela também se sobressai, também cresce de rendimento e nos revela uma ótima personagem que já passamos a amar. Joe Keery passou de coadjuvante para protagonista nessa temporada, pois o Steve também tem um enorme crescimento, uma enorme importância, principalmente em liderar o grupo com as duas garotas quando eles adentram ao Mundo Invertido. Sensacional, mais uma excelente atuação (ainda bem que ele não morreu naquela cena com os morcegos, pois eu fiquei em choque naquela hora).

Charlie Heaton está mais modesto nessa temporada, acredito que o Jonathan Byers já foi melhor utilizado nas temporadas anteriores. Dessa vez ele está bastante limitado, tem pouquíssimo destaque, passa quase que imperceptível. A melhor parte do Jonathan é justamente a entrada na série do Eduardo Franco com seu personagem Argyle, onde rende cenas hilárias e muito engraçadas. Eduardo Franco foi uma boa integração na série, realmente o Argyle conseguiu se encaixar bem na história. Priah Ferguson cresceu tanto de tamanho como de qualidade e destaque com sua personagem Erica Sinclair (a irmã mais nova do Lucas). Brett Gelman também se destacou muito bem como o Murray, principalmente ao contracenar com a Winona Ryder. Matthew Modine e seu perverso Dr. Martin Brenner. Confesso que fiquei muito satisfeito com sua morte.

Agora eu preciso destacar dois personagens que eu considero como injustiçados na série - a Chrissy e o Eddie. A Chrissy eu realmente achei uma personagem que se encaixou bem na história, tinha potencial, consegui ver nela um vislumbre de sucesso dentro da série. E digo isso principalmente pela interpretação da Grace Van Dien, que abandou a carreira de atriz logo após esta personagem para focar em uma carreira de Streaming. Já o Eddie foi o mais injustiçado da temporada, pois ele passou a temporada inteira fugindo de algo que ele não cometeu, não conseguiu provar a sua inocência e ainda por cima foi terrivelmente morto. Joseph Quinn trouxe um personagem que a princípio seria apenas mais uma integração normal de temporada na série (o que já é corriqueiro). Porém, ele conseguiu nos conquistar, conseguiu nos fazer simpatizar, ganhou a nossa empatia, ganhou o nosso coração e o nosso carinho. No último episódio todos nós já amávamos o Eddie, e quando ele toca "Master of Puppets" na guitarra foi o ápice do seu personagem, foi completamente icônico. E logo após somos impactados pela sua triste e dolorosa morte. E quando ele fala pro Dustin as suas últimas palavras - "Eu Te Amo Cara" - ali eu desabei!

Finalizando ainda tivemos o Mason Dye como seu personagem Jason, que soube certinho trazer aquele personagem que é fácil de pegar ranço. Nesse quesito ele foi perfeito. Fiquei muito feliz com aquela sua morte sendo desintegrado. E o Jamie Campbell Bower, que esteve muito bem como Um e logo após nos revelando o temido Vecna.

Tecnicamente a série continua impecável, o que já se justifica devido a todo o seu sucesso estrondoso. Os efeitos especiais estão incríveis, realmente temos aqui uma qualidade absurda. Era muito perceptível como os efeitos eram bastante funcionais entre a mescla dos cenários do mundo real e do Mundo Invertido. Assim como no próprio Vecna, onde tínhamos efeitos especiais muito bons. A direção de arte continua extremamente fiel, principalmente no quesito de época dos anos 80 em que a série se passa. A trilha sonora da série sempre foi um luxo e uma verdadeira viagem ao cenário musical do passado, e aqui não é diferente com hits como California Dreamin’ (The Mamas & the Papas), Psycho Killer (Talking Heads), entre outras que eu já destaquei acima.

Na minha modesta opinião essa quarta temporada é inteiramente do Hopper, da Onze, do Eddie e do Vecna. Realmente foram personagens que mais se sobressaíram, que mais se destacaram em vários quesitos, e no fim foram os que mais nos surpreendeu e nos impactou.

Realmente esta quarta temporada da série foi um verdadeiro fenômeno no cenário mundial. A série dominou os streamings em 2022 e se tornou a série mais assistida do ano, segundo a pesquisa Nielsen. A Netflix informou que até 30 de maio de 2022, a quarta temporada de "Stranger Things" tinha sido visto por mais de 287 milhões de horas, superando o recorde anterior de audiência da 2ª temporada de "Bridgerton" que teve 193 milhões de horas em sua primeira semana. As temporadas anteriores de "Stranger Things" também entraram no top 10 dos programas mais vistos na mesma semana do lançamento da quarta temporada.

O episódio 9 termina com aquele clássico arrepio no pescoço do Will mostrando que os poderes do Mundo invertido ainda não foram 100% destruídos. Derrotaram o Vecna mas ainda tem o Devorador de Mentes, e muitas coisas ainda acontecerão na próxima temporada. Este é o gancho para a quinta e última temporada da série, que provavelmente acontecerá entre os anos de 2024 e 2025.

A quarta temporada de "Stranger Things" foi um grande acerto, pois a temporada melhorou muito a qualidade da série com o processo de conectar arcos de histórias entre as temporadas. Sem falar no ótimo desenvolvimento dos personagens e a inclusão de novos que agregaram ainda mais dentro do contexto da história. O roteiro também melhorou bastante com novas ideias, novos rumos, novos acontecimentos, e um novo vilão que trouxe um grande peso e uma grande importância para o rumo que a série tomou.

Assim como a primeira temporada da série, considero esta quarta como uma verdadeira obra-prima. Aquela temporada impecável, acertando em tudo, nos surpreendendo em tudo, trazendo episódios longos (que sim, eu adoro) para desenvolver ainda mais a história, trazendo novos personagens, conseguindo nos levar da alegria e da euforia para a comoção e a tristeza em questão de segundos. Uma temporada extremamente magnífica. O que me deixa muito animado para conferir a quinta temporada dessa série que já entrou para a minha lista de melhores séries da minha vida desde a sua primeira temporada. [06/04/2023]
Crítica da série
5,0
Enviada em 17 de julho de 2016
Fiquei sem Netflix algum tempo e quando voltei a assistir, ví esse poster la sobre a série como novidade, aquela atmosfera de ficção cientifica dos anos 80.... não pensei duas vezes e cliquei pra assitir, isso foi sexta-feira as 21:00hs e só parei no quarto episódio por volta de 01:00hs da manha. Quando acordei no dia seguinte, ja levantei pensando na série e só parei quando acabou... Galera quem é dos anos 80 como eu, provavelmente vai adorar, a trilha é embalada por algumas musicas dos anos 80 e tem uma trilha q toca quase sempre com aqueles sons dos famosos sintetizadores q marcaram essa época... a historia é ótima, me lembrou muito ET, Viagem ao Mundo dos Sonhos e outros... galera, vale a pena conferir!!! Viva a Nostalgia!!!!
Crítica da 1 temporada
5,0
Enviada em 5 de fevereiro de 2023
Stranger Things (1ª Temporada)

"Stranger Things" é uma série original Netflix criada em 2016 pelos irmãos Matt e Ross Duffer (ambos são diretores do thriller "Escondidos", de 2015), que também atuam como showrunners e são produtores executivos junto com Shawn Levy (diretor de "O Projeto Adam", de 2022) e Dan Cohen (produtor de "Tem Alguém na sua Casa", de 2021).

Passada na década de 1980 (especificamente no ano de 1983), na cidade fictícia de Hawkings, Indiana, "Stranger Things" conta a história de um garoto que desaparece misteriosamente e dos eventos paranormais que se passam em torno desse acontecimento.

"Stranger Things" é a típica série que me desperta atenção logo de cara, pois eu tenho um apreço muito grande por histórias que se passam em uma pequena e pacata cidadezinha americana, onde temos aquele velho discurso do Xerife de que aqui nunca acontece nada, o último crime e a última morte já fazem muitos anos. Este é o cenário perfeito para o desenrolar de uma boa história de terror, de ficção, um drama, ou até mesmo uma investigação criminalista - o que remete diretamente para a ótima série que assisti no ano passado, "Mare of Easttown", estrelada pela magnífica Kate Winslet.

Um dos principais pontos da série é exatamente toda a sua essência oitentista, pois "Stranger Things" é o puro suco das história dos anos 80, é o puro primor do Sci-Fi estilo anos 80, com inúmeras referências das produções dos anos 80. Tudo na série nos remete aos anos 80, como o próprio letreiro que nos apresentava o título de cada episódio, a cidadezinha, os cenários, as casas, os carros, os figurinos, a escola, as crianças, os adolescentes, tudo dentro da série está incrustado em um verdadeiro mergulho nos anos 80. Puxando para a parte técnica da série também temos um envolvimento total nos anos 80, como a trilha sonora, que até agora eu ainda não consegui me desvencilhar das músicas. Temos "Should I Stay Or Should I Go" / The Clash, "Africa" / Toto, "Atmosphere" / Joy Division, Elegia / New Order, entre várias outras que são um verdadeiro passeio musical pelos ano 80. A trilha sonora da série é um ponto muito forte, podemos dizer que é um dos personagens principais da trama.
Assim como a trilha sonora, a fotografia também tem um destaque absurdo, juntamente com a ambientação, cenografia, direção de arte, montagem, edição, ou seja, tudo dentro da série foi feito com muita atenção, com muito amor, com muita entrega, com um respeito muito grande pelo espectador.

Toda história de "Stranger Things", além das referências dos anos 80, tem influência de outras obras. Posso destacar "It" como uma influência direta pra série, por apresentar aquela cidadezinha pacata, o núcleo infanto-juvenil, aquele clima de suspense enigmático e misterioso que se instala acerca de toda investigação, e justamente uma investigação sobre o misterioso desaparecimento de uma criança. Ou seja, temos várias referências e influências da obra-prima do mestre Stephen King (por sinal é o livro que estou lendo no momento).

Posso afirmar que os irmãos Duffer tiveram uma sacada genial ao escolherem uma modesta cidadezinha como pano de fundo para o desenvolvimento de toda sua história sobrenatural e paranormal. Ou seja, este é o cenário perfeito que possivelmente não levantará dúvidas acerca de todo trabalho de pesquisas laboratoriais e experiências secretas conduzidas pelo governo americano. É incrível como os irmãos Duffer conseguiram conduzir toda história em uma mescla de investigativo com o sobrenatural, nos expondo exatamente entre uma investigação policial e uma ficção científica.
Os irmãos Duffer desenvolveram a série como uma mistura de drama investigativo e elementos sobrenaturais retratados com horror e sensibilidade infantil, enquanto infundiam referências à cultura pop da década de 1980 - fantástico. Vários elementos temáticos e de direção foram inspirados nas obras de Steven Spielberg, John Carpenter, David Lynch, Stephen King, Wes Craven e H. P. Lovecraft (grandes inspirações dos irmãos Duffer). Como não se maravilhar com os pôsteres espalhados pelos cenários da série; de filmes como "O Enigma de Outro Mundo" (1982), "The Evil Dead" (1981) e "Tubarão" (1975).

A série levanta várias questões, vários debates, várias discursões: temos o drama familiar pelo desaparecimento da criança (que desperta toda uma comoção nos habitantes da cidade), temos o bullying voltado para o núcleo infanto-juvenil, temos as crises e as relações conturbadas do núcleo adolescente, temos a corrupção que assola o governo americano em volta de toda experiência laboratorial com cobaias humanas. A série é incrível exatamente por conseguir navegar com propriedade no drama, na fantasia, no suspense, na ficção, no terror, e ainda aborda questões sobre a telecinese, o espaço-tempo e a realidade alternativa chamada "Mundo Invertido". Sem falar que ainda temos leves camadas de humor e romance, ou seja, "Stranger Things" consegue ser uma série perfeita em tudo que se propõe a fazer.
E realmente não é nada fácil conseguir uma abordagem em tantos temas, em tantos pontos, levantar várias discursões como a série levanta, porém, tudo é muito bem feito, muito bem desenvolvido, muito bem preparado, nada fica solto ou sobrando (obviamente a história continuará na segunda temporada), tudo tem seu peso, seu destaque e seu perfeito desenvolvimento. Posso afirmar com total certeza que o roteiro da primeira temporada de "Stranger Things" é 100% perfeito!

Para uma série ser considerada uma obra-prima ela tem que ser perfeita em tudo, e "Stranger Things" é, principalmente no quesito elenco.
É impressionante como o elenco da série é bom, funciona perfeitamente dentro da proposta de cada personagem e contribui exatamente com tudo que a série pedia e precisava. Outro ponto que vale ressaltar no elenco é o crescimento e o desenvolvimento de cada um, pois é notável como cada personagem tem seu arco pessoal na história, tem sua relevância dentro de todo contexto, e como cada um se desenvolve e cresce, agregando ainda mais qualidade em toda trama da série.

Começando pelo núcleo infanto-juvenil:
Temos Finn Wolfhard ("Pinóquio por Guillermo del Toro") como Mike, Gaten Matarazzo ("O Dragão do Meu Pai") como Dustin, Caleb McLaughlin ("Alma de Cowboy") como Lucas e Noah Schnapp ("Ponte dos Espiões") como Will. Todos completamente incríveis, formidáveis, excelentes, carismáticos, extrovertidos, conseguiriam ganhar a simpatia e a atenção do público instantaneamente. Como era gostoso acompanhar as aventuras do grupo, juntamente com todo embate e discursões que se criavam entre eles, principalmente quando descobriram a Eleven. Por falar na Eleven, a pequenina Millie Bobby Brown ("Godzilla vs Kong") é um show à parte na série. Millie trouxe toda uma construção em volta da sua personagem, se apresentando mais pacata inicialmente e ganhando forças com o passar do tempo dentro da trama. Incrível como ela com pouca idade conseguia contrastar uma atuação que se passava no drama, no mistério, no suspense, e ainda chegava nos momento mais leves e cômicos com o grupo.

Winona Ryder (dispensa apresentações) é o centro das atenções na série. É incrível como ela chama pra si todo o protagonismo e toda atenção. É magnífico como ela constrói a personagem de uma mãe que se mostra amável, solidária, logo após ela entra em um completo desespero com o desaparecimento do seu filho, mexendo com sua sanidade e seu estado espiritual e emocional. Winona atual com uma voracidade tremenda na pele da desolada e confiante Joyce, nos mostra todo o seu crescimento na personagem e chega a nos emocionar nos últimos episódios. Atuação completamente perfeita!

David Harbour ("Viúva Negra") me impressionou como o delegado do Departamento de Polícia de Hawkins, Jim Hopper. A princípio eu não dava nada para o Xerife Hopper, cheguei até a imaginar que ele seria apenas mais um delegado mau-caráter e aproveitador como já vimos inúmeras vezes por ai, e que ele não fosse agregar em nada na série. Porém, eu estava redondamente enganado, Jim Hopper tem um começo mais modesto, mais brando, mais suave, mas depois que ele começa descobrir as falcatruas envolvendo os experimentos do governo, o personagem tem um crescimento e uma relevância inimaginável dentro de todo contexto da série, chegando a dividir todo o protagonismo com a Winona Ryder. É muito interessante acompanhar todo o desenvolvimento do seu arco pessoal, que nos mostra todo o seu trauma envolvendo a morte de sua filha (ainda criança), o seu envolvimento com bebidas e como ele veio a demonstrar sua responsabilidade e capacidade ao salvar o filho de Joyce. Outra atuação completamente impecável!

A linda Natalia Dyer ("Acampamento do Pecado") viveu a personagem Nancy. A Nancy Wheeler foi a personagem que mais me impressionou dentro da série, e muito por inicialmente ela se portar como uma patricinha fútil e rasa, aquela típica garota adolescente que só pensa em namorar, aquela irmã mais velha implicante, aquela adolescente rebelde com os pais. Porém, depois do desaparecimento da sua amiga Barb (Shannon Purser), ela tem um crescimento avassalador dentro da trama. Agora ela se mostra mais crescida mentalmente, mais amadurecida, mais preocupada com assuntos relevantes, ela não deixou de ser uma adolescente e querer viver seus romances, mas não é mais uma garota fútil, todo o drama que ela viveu serviu para o seu crescimento e desenvolvimento. Adorei todo o trabalho entregue pela Natalia Dyer.

Charlie Heaton ("Os Novos Mutantes") é Jonathan Byers. Jonathan segue a mesma linha da Nancy, também tem um começo mais morno, mais apático, e muito por ser um adolescente tímido e auto-excluído na escola, que se desperta como um aspirante a fotógrafo. Seu crescimento é lado a lado com a Nancy, um ajudando o outro, um confiando no outro, ganhando uma grandiosa relevância e se desenvolvendo muito bem dentro da série. Foi muito interessante de acompanhar o nascimento e o crescimento de uma certa atração entre Jonathan e Nancy, que poderá se desenvolver ainda mais no futuro da série - eu shippo! kkkkk
Completando o elenco ainda tivemos a Cara Buono ("Monsters and Men") como Karen Wheeler, Matthew Modine ("Batman - O Cavaleiro das Trevas") como Martin Brenner e Joe Keery ("A Grande Jogada") como Steve Harrington.

"Stranger Things" é uma das principais séries da Netflix, que obviamente atraiu uma audiência recorde na plataforma de streaming. A série foi aclamada pela crítica por sua caracterização, atmosfera, atuação, trilha sonora, direção, roteiro e homenagens aos filmes dos anos 80. Devido sua popularidade, a série acabou gerando alguns produtos, como livros, brinquedos, videogames e histórias em quadrinhos. A série também recebeu vários prêmios e indicações em premiações, como Emmy Awards, Globo de Ouro, British Academy Television Award, entre outros.

"Stranger Things" já entra facilmente no hall das melhores séries de todos os tempos, e muito por já se tornar um ícone da cultura pop da década. Uma série extremamente relevante, influente, dinâmica, grandiosa, enérgica, que trouxe um excelente roteiro que navega muito bem no drama, no suspense, na ficção e na fantasia, soando até como uma fábula, uma passagem ou um conto. Sem falar no elenco grandioso que apresentaram atuações afiadíssimas, e as inúmeras referências e homenagens que a série presta à todo conteúdo da década de 1980.
Verdadeiramente um show de audiovisual!
Uma obra de arte!
Uma pérola!
Uma obra-prima das séries!
5 estrela com bastante louvor!
[04/02/2023]
Crítica da série
5,0
Enviada em 21 de agosto de 2024
Melhor série de todos os tempos, e quem discorda está errado. Personagens bons, roteiro bom, efeitos especiais bons, desenvolvimento de personagens bom, cenas impactantes, atuação excelente
Crítica da série
5,0
Enviada em 23 de junho de 2022
cara! a cinematografia e a nostalgia de stranger things é sem igual. Os mínimos detalhes de roupas, trilhas sonoras e personalidade dos personagens me fazem querer ter vivido nos anos 80. Surreal!
Crítica da 3 temporada
5,0
Enviada em 29 de agosto de 2019
Com certeza, é a melhor série original Netflix, a cada temporada melhor do que a outra, sua trilha sonora é impecável! Difícil encontrar outra série que tenha essa perfeição de músicas, tem o melhor humor cômico nos momentos certos, e o mais incrível é como fazer algo diferente, do que já foi apresentado, com a qualidade e as características da série! Vemos novos personagens na trama, e temos algumas divisões de elenco, mas no final todos se reúnem para lutar contra o "mal", que final devastador foi esse? Deixaram toda a emoção e tristeza para o último episódio! É brilhante ver essa galera toda junta, sou fã dessa série, já quero ver a quarta temporada logo...
Crítica da série
5,0
Enviada em 27 de julho de 2016
Sem dúvida alguma, série de sucesso da Netflix que mistura em doses homeopáticas terror, suspense, drama, mistério e ficção e é uma das mais envolventes em exibição até o momento em 2016 aqui no Brasil e no mundo e que mesmo cercada de diversos elementos da cultura pop e de releituras daqueles velhos clichês cinematográficos de outros filmes clássicos de sucesso dos anos 80 como E.T - O Extraterrestre, Os Goonies, Conta Comigo, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Alien e outros, a série em si é muito bem amarrada que tais referências passam suavemente desapercebidas ou como um dejavú gostoso para quem viveu a efervescência cultural daquela década. É trama com roteiro bem escrito, iluminação e fotografia digna, feitos espaciais muito bons e que prende a atenção do espectador até o ultimo episódio da temporada de forma bastante fluida, dinâmica, como se todos os episódios fossem na verdade um único filme intervalado. O elenco é afinado entre si e simplesmente fantástico, muitos deles pouco conhecidos na mídia e que protagonizam a maioria das cenas de impacto. O núcleo dinâmico formado por cinco crianças e três adolescentes é estrelado por Mike (Finn Wolfhard, Onze/Eleven/On/El (Millie Bobby Brown), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin), Will Byers (Noah Schnapp), Nancy (Natalia Dyer), Steve (Joe Keery) e Jonathan (Charlie Heaton). A mais conhecida da série é a Joyce (Winona Ryder), atriz veterana que atua medianamente em conjunto com o xerife Hopper (David Harbour) como protagonistas, mas se tornam elementos secundários com a excelente afinação do elenco infanto-juvenil que ofuscam suas participações na série. A trilha sonora é empolgante e invejável contendo vários clássicos da música como " Should I Stay or Should I Go – The Clash", "Atmosphere – Joy Division", " Elegia – New Order", " When It’s Cold I’d Like to Die – Moby" e outros. Simplesmente empolgante do início ao fim, chegando a ser viciante até. Confira!
Crítica da série
5,0
Enviada em 25 de junho de 2022
Ótima série, t prende no sofá, é aquela série q da pra ver um episódio atrás do outro sem pegar no telefone
Crítica da série
5,0
Enviada em 31 de março de 2024
A MELHOR SÉRIE DO MUNDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Crítica da série
5,0
Enviada em 25 de julho de 2016
Para quem de alguma forma viveu ou gosta dos anos 80, a série preenche o vazio que surgiu conforme amadurecemos e percebíamos as falhas de enredo ou os péssimos efeitos especiais dos filmes da década, pois os "conserta". É fantástica, porque em oito episódios se vale de referência básicas do referido período, tais como "Caverna do Dragão", "Arquivo-X", que é dos anos 90, sim eu sei, mas a música da série é uma paródia, devido ao tema, e como não lembrar da "Patrulha Monstro"? "E.T.", além de algumas músicas da trilha sonora serem no teclado, como quase todos os filmes produzidos naquela época. Li críticas que desabonam, mas criticar é fácil, quero ver fazer algo semelhante do gênero. E sim, tomara que façam, porém até o momento não existe nada tão bom. Comecei a ver hoje e só parei de assistir quando a série terminou.
Crítica da série
5,0
Enviada em 16 de julho de 2016
Impressionante como a Netflix não cansa de nos surpreender! Ahhh! Essa série, ela simplesmente traz à tona o sentimento mais gostoso de todo o mundo a NOSTALGIA...
Henrique

12 críticas

Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 24 de agosto de 2024
a série é pra ser se terror, mas oq eu mais admirei foi a interação dos personagens como cazalzinho, mto fofo cara
Crítica da série
5,0
Enviada em 4 de outubro de 2024
Inigualável! Simplesmente uma das melhores séries já feitas pelo homem! Quem não assistiu está perdendo.
Rodrigo J.

3 críticas

Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 29 de maio de 2022
Pra mim essa série tem tudo. Tem ação, suspense, terror, diversão, comédia, boa história científica, roteiro muito bem elaborado, atuação maravilhosa. Não tem aqueles adolescentes bobos que a gente fica com raiva por nunca saberem o que fazer. Nessa série é diferente, spoiler: tem algo especial
, tem o molho ❤️.