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    Representatividade LGBTQ bate recorde nas séries de TV em 2018

    CW, responsável pelas séries do Arrowverse, tem o maior percentual de personagens regulares LGBTQ da TV americana.

    FX

    A representatividade LGBTQ está mais forte do que nunca nas séries de TV em 2018. O GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation) liberou seu relatório anual sobre a representatividade LGBTQ na televisão. A pesquisa revela que a temporada 2018-2019 vai incluir uma porcentagem recorde de personagens LGBTQ na televisão. Além disso, pela primeira vez na história do GLAAD, que realiza esse estudo há 23 anos, personagens LGBTQ de cor superaram os brancos.

    De acordo com o relatório, dos 857 personagens regulares das séries, previstos para aparecer em programação no horário nobre nas cinco redes de transmissão dos Estados Unidos — CBS, NBC, FOX, ABC e The CW — no próximo ano da TV, 75 são LGBTQ. Com 8,8%, esta é a maior porcentagem de personagens LGBTQ que a pesquisa já viu.

    Segundo o relatório, a CW — responsável pelas séries do Arrowverse, além da franquia The Vampire Diaries/The Originals/Legacies, e Supernatural — teve o maior percentual de personagens regulares LGBTQ das séries, com 16%. Supergirl fará história ao apresentar a primeira super-heroína transgênera da TV, Nia Nal, interpretada por Nicole Maines. Além diso, o crossover de ArrowThe Flash e Supergirl vai apresentar a Batwoman, a primeira heroína homossexual da DC Comics.

    Bettina Strauss/The CW

    O GLAAD também informou que há uma porcentagem igual de personagens masculinos e femininos LGBTQ na TV aberta dos EUA. Uma melhora em relação ao ano passado, no qual os personagens masculinos LGBTQ superaram os femininos.

    CW

    O relatório também mostra que o número de personagens bissexuais (117 em relação ao ano passado 93), transgêneros (26, em relação a 17, incluindo homens, mulheres e não-binários) e personagens com HIV e AIDS (7, em relação a 2) também está em alta este ano. O FX fez história com Pose, que apresenta o maior número de regulares transgêneros em uma série dos EUA roteirizada, a maioria das quais são personagens trans de cor.

    FX

    Outra descoberta é que, pela primeira vez, personagens LGBTQ não-brancos correspondem a 50% de todos os personagens LGBTQ na TV aberta. A representação negra subiu para 22%, a partir dos 18% do ano passado, enquanto a representação latina ficou em 8%. A asiática também registrou um pequeno aumento de 1% neste ano, chegando a 8%. Além disso, o GLAAD descobriu que 19 personagens são descritos como "multirraciais", enquanto oito são do Oriente Médio e um é de origem indígena.

    O relatório contém não apenas os números, mas também uma avaliação da qualidade desta representação. O GLAAD descobriu que apenas 2,1% (ou seja, 18 personagens) LGBTQ eram pessoas com deficiência, o que está muito abaixo da média nacional dos Estados Unidos.

    A pesquisa aponta que enquanto o progresso foi feito este ano, o GLAAD está aumentando as apostas para a temporada de TV 2019-2020. Eles não querem apenas ver mais personagens LGBTQ, porém, mais representações sutis desses personagens para melhor refletir a própria comunidade.

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