Após a atriz Olivia de Havilland, com 101 anos, entrar com um processo contra a FX pelo uso indevido da sua imagem em Feud: Bette and Joan, o criador da série, Ryan Murphy, anunciou vitória para o time criativo do canal por assinatura da FOX.
"A vitória de hoje dá a todos os criadores o espaço necessário para continuar a contar narrativas históricas importantes inspiradas em eventos reais. Acima de tudo, é um ótimo dia para a expressão artística e um lembrete de quão preciosa é a nossa liberdade", declarou Murphy à Variety sobre o fim do processo iniciado em julho de 2017.
Na época que a vencedora de duas estatuetas do Oscar — por Só Resta uma Lágrima (1946) e Tarde Demais (1949) — anunciou que iria ao tribunal contra a série, seus advogados alegaram que Sra. de Havilland não autorizou o uso do seu nome ou identidade, e que o show colocava "palavras em sua boca que são imprecisas e contrárias à reputação que ela construiu em 80 anos de carreira". A corte judicial, contudo, entendeu que o FX não precisava pagar "life rights" ("direitos de história", em tradução livre) para representá-la na trama.
"Se uma pessoa retratada em um desses trabalhos expressivos é uma estrela de cinema renomada — 'uma lenda viva' — ou uma pessoa que ninguém conhece, ela ou ele não são donos da história. Nem ela ou ele possuem o direito legal de controlar, ditar, aprovar, desaprovar ou vetar o retrato de um criado sobre uma pessoa real", declarou a juíza Anne Egerton.
Na primeira temporada de Feud, Olivia de Havilland é interpretada por Catherine Zeta-Jones. Na trama que gira em torna da rivalidade entre Joan Crawford (vivida por Jessica Lange) e Bette Davis (Susan Sarandon), a atriz centenária é apresentada como confidente de Davis.
A produção de Murphy foi elogiada pela imprensa e visa uma segunda temporada, que abordará o conturbado relacionamento de Princesa Diana e Príncipe Charles. A nova leva de episódios tem previsão de ser lançada em 2018. Enquanto isso, leia nossa crítica de Feud: Bette and Joan.