Chegou a hora de conhecer a nossa tradicional lista de Melhores Séries do Ano segundo a redação do AdoroCinema. Selecionamos as 20 melhores produções exibidas no Brasil durante o ano de 2017. E aí está um critério importante, só valem séries que possuem distribuição no país, o que infelizmente nos fez deixar de fora a mega premiada The Handmaid's Tale, dentre outras.
Mas não falta coisa legal na lista! Confira e não deixe de participar através dos comentários! Sentiu falta de algo? Achou algum absurdo? É só falar!
20) American Vandal
Muita gente pode nem ter percebido o lançamento dessa série produzida pelo pessoal do Funny Or Die, que se trata de uma divertida paródia dos aclamados projetos documentais - e conseguindo fazer algo tão criativo com isso. Inesperadamente, a trama vai além de 'descobrir quem fez os desenhos fálicos num estacionamento' e se torna uma comédia sarcástica sobre a vida dos adolescentes e as típicas autoridades de instituições escolares. Criando um mistério intrigante, a produção ainda traz uma crítica social bem impactante ao fim. (Katiuscia Vianna)
19) 13 Reasons Why
A série que mais deu o que falar em 2017. A saga da jovem Hannah (Katheriine Langford), que se matou e deixou treze fitas listando os motivos para tal ato, gerou muito debate, com muita gente criticando a perigosa abordagem da produção diante de um assunto tão sério: o suicídio. Mas não tem como negar que foi um dos destaques do ano, com boas atuações e uma história envolvente. Vem aí uma segunda temporada.
18) Veep
A comédia estrelada por Julia Louis-Dreyfus merecia ser muito mais vista do que de fato é. Trata-se de um dos textos mais originais e divertidos da TV mundial, contando com um elenco inspirado. Julia já recebeu cinco estatuetas do Emmy pelo trabalho como a ex-presidente Selina Meyer. No momento, a produção está suspensa enquanto a protagonista trata um câncer. A expectativa é que a série retorne para sua última temporada em 2019.
17) Big Mouth
A amizade real entre Nick Kroll, Andrew Goldberg e Jennifer Flackett durante os ‘piores-melhores-anos’ da pré-adolescência foi a origem desta série animada da Netflix que promete despertar os piores pesadelos do espectador (também conhecidos como ‘aqueles anos terríveis entre a infância e a adolescência’), e mesmo assim prender a atenção até o final. Não há mentiras aqui: muitas vezes a série animada caminha para o vulgar e para o grotesco, mas no melhor sentido. Ela não foge dos momentos constrangedores da idade, mas também fornece uma visão positiva sobre eles. A trama se baseia em fantasias como ‘o Monstro dos Hormônios’ para se referir à transição hormonal, e assim transforma o tradicional subgênero do ‘coming-of-age’ em uma história sem medo e, acima de tudo, extremamente delicada. (Laysa Zanetti)
16) Mindhunter
Mais nova empreitada de David Fincher no mundo das séries. E o diretor não fez feio, criando um universo sombrio e envolvente de algo que poderia ser puramente burocrático. A produção segue especialistas do FBI que começam a ouvir serial killers como uma forma de entender melhor o comportamento de criminosos pelo país. Uma bela atuação do trio formado por Anna Torv, Jonathan Groff e Holt McCallany.
15) Better Call Saul
Após mostrar um personagem totalmente diferente do que conhecemos em Breaking Bad em suas duas primeiras temporadas, o terceiro ano de Better Call Saul consuma a tragédia de seu protagonista com a complexidade que sempre anunciou. O confronto entre Jimmy (Bob Odenkirk) e Chuck (Michael McKean, esnobado nas premiações), um caos psicológico encenado à feição do brilhantismo de Vince Gilligan, tanto intensifica a faceta dramática dessa relação, dolorosa, como justifica a caricatura de Saul Goodman: ela é abrigo do passado sombrio de Jimmy, além de realização grotesca de seu escape tardio à repressão do irmão Chuck. Uma jornada excruciante, sem vazão para finais felizes, e ainda assim brilhante. (Rodrigo Torres)
14) Alias Grace
Por ser outra adaptação de uma obra escrita por Margaret Atwood, muita gente vai querer comparar Alias Grace com The Handmaid's Tale (que não pode entrar na lista, infelizmente). Porém, não deveriam. A série criada por Sarah Polley é capaz de transformar um mistério real num estudo psicológico intrigante, que traz uma crítica poderosa ao sexismo e ao preconceito de classes. E que atire a primeira pedra quem não se arrepiou com a performance de Sarah Gadon. (Katiuscia Vianna)
13) Catastrophe
Hilária como sempre, Catastrophe (disponível no catálogo do GNT Play) retorna crua para o terceiro ano. A série conta a história de um casal, Sharon (Sharon Horgan) e Rob (Rob Delaney), que fica junto pelas forças do acaso quando ela engravida após os dois terem passado apenas uma semana juntos. Ele americano, ela irlandesa, Rob se muda para se dedicar à criança, e a partir daí a sequência de momentos insanos só cresce. Por abraçar uma família em plena idade adulta, ao invés de casais aos 20-e-poucos, Catastrophe é obscura, cheia de piadas sujas (talvez inesperadas, mas bem-vindas). Na terceira temporada, Rob e Sharon lidam com assuntos mais delicados que na segunda, um casamento abalado em vários sentidos, e assim a série utiliza um tom mais sóbrio que nos anos anteriores. Ela consegue ser dramática agora e hilária dez segundos depois. Como? Bem, aí só vendo… (Laysa Zanetti)