O casamento entre Meghan Markle e Príncipe Harry (e todos os polêmicos desdobramentos) foi um dos assuntos mais comentados na mídia nos últimos anos e o relacionamento transformou completamente a vida dos dois – mesmo nos mínimos detalhes. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o criador da série Suits, que era estrelada por Meghan, revelou que a Família Real da Inglaterra teve influência até no roteiro da trama e nas falas da personagem da atriz.
Aaron Korsh relembrou um episódio que foi ao ar na sétima temporada da Suits, cujo texto foi alterado pela Família Real. Na cena, Rachel (Meghan Markle) e Mike (Patrick J. Adams) estavam conversando sobre um jogo chamado “poppycock”. Em português, esta expressão significaria algo como “besteira” ou “bobagem”, mas, em inglês, a palavra “cock” pode significar “pênis” (mas em um tom mais “vulgar”, vamos dizer assim).
Para o criador da série, este teria sido o motivo para a interferência do clã da Rainha Elizabeth II. “A família não queria Meghan dizendo essa palavra, não queriam colocar a palavra ‘poppycock’ em sua boca. Presumo que é porque eles não queriam que as pessoas fizessem cortes dela dizendo ‘cock’”, explicou.
Korsh contou que, então, a produção precisou alterar o diálogo, trocando pela palavra “bullsh*t”, traduzida mais comumente como “m*rda” em português. A decisão não agradou ao roteirista, já que “poppycock” era uma piada interna que ele tinha com sua própria família. “Não gostei porque tinha dito aos meus sogros que ‘poppycock’ estaria na série. Houve mais uma ou duas coisas [como essa], mas não me lembro”, pontuou.
O executivo – que não sabe como os roteiros de Suits chegavam às mãos da Família Real – contou que a própria Meghan Markle não fez nenhum pedido o e que as “ordens” vieram do diretor de produção. “Quando me explicaram [sobre os possíveis cortes da palavra], tive uma empatia porque também não queria que fizessem isso com ela. Não acho que alguém faria, mas não sei. As pessoas são loucas”, explicou ao THR.