Em 2015, a Netflix se tornou popular no mundo inteiro. Já veio com um catálogo de séries como Orange is The New Black, BoJack Horseman ou com a esperada estreia de Jessica Jones. Dois anos depois, em 2017, estrearia um dos primeiros grandes sucessos da plataforma: a adaptação para a série televisiva de 13 Reasons Why, de Jay Asher.
O livro já era um sucesso entre os leitores, ao tratar dos conflitos que a sociedade enfrenta hoje, como bullying, questões sociais e de diversidade, ou homossexualidade. Tudo em torno de um assunto quase tabu como o suicídio, sendo o que acontece com Hannah Baker (Katherine Langford).
A primeira temporada adapta o livro como ele é, contando assim os 13 motivos pelos quais Hannah decidiu se suicidar e o faz com algumas fitas que entrega a Clay Jensen (Dylan Minnette), sendo este o fio condutor da história — pois ele viaja pela vida de Hannah enquanto a ouve.
Esta primeira parcela da série conseguiu ser um sucesso, assim como o livro, apesar de ter sido cercada de polêmica na época. O problema surgiu quando a Netflix decidiu renová-lo por mais três temporadas. A segunda era minimamente justificável, pois trataria dos julgamentos seguintes a uma agressão sexual e da impotência de familiares e amigos em uma situação assim.
No entanto, terminou com outro assunto tabu nos Estados Unidos que acabou não sendo explorado nas temporadas subsequentes: tiroteios em escolas secundárias. Tudo girava em torno de temas sem alma, sem nenhuma investigação sobre a vida após a morte de uma série de adolescentes e com um final apressado que decepcionou os fãs do livro e da primeira temporada. No Rotten Tomatoes você pode ver como sua classificação caiu. A parcela inicial obteve 77%, a segunda 28%, a terceira tristes 11% e a quarta e última, 25%.
A Netflix já tinha em mãos uma série perfeita ligada ao livro, com uma segunda temporada que contava sobre as consequências das ações dos jovens em relação a Hannah. A gigante do streaming deveria ter parado ali.