Uma das séries de maior sucesso da televisão mundial, Friends chegou ao fim há 19 anos, marcando para sempre a história do audiovisual e também a carreira de seus integrantes – Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, David Schwimmer e Matthew Perry.
Contudo, a intérprete da nossa querida Rachel parece discordar um pouco da atemporalidade do show. Durante uma conferência com jornalistas de todo o mundo para a divulgação de seu novo filme, Mistério em Paris, Aniston afirmou que uma geração inteira de jovens considera a produção ofensiva, hoje.
“Há toda uma geração de pessoas, crianças, que agora estão voltando aos episódios de Friends e os consideram ofensivos”, colocou a atriz. “Todo mundo precisa de graça! O mundo precisa de humor! Não podemos nos levar muito a sério. Especialmente nos Estados Unidos. Todos estão muito divididos”, completou.
No evento, Jennifer também expressou que a comédia e os filmes mudaram. De acordo com ela, a indústria do entretenimento se encontra em um momento complicado para os comediantes, pois os mesmos precisam ter cuidado com suas piadas. ”A beleza da comédia é que a gente tira sarro de nós mesmos, tira sarro da vida.”
Vale lembrar que, recentemente, o sitcom já havia sido criticado pela nova geração por sua falta de representatividade. No ano passado, durante o ATX TV Festival, Marta Kauffman, uma das criadoras de Friends, chegou a discorrer sobre o assunto:
“Foi, até certo ponto, um produto da época e da minha própria ignorância. Havia shows de negros e shows de brancos. Não havia muitos shows inter-raciais. Eu gostaria de saber o que sei hoje. Eu teria tomado decisões muito diferentes. Sempre encorajamos a diversidade em nossa empresa, mas não fiz o suficiente."
Comediantes famosos como Brett Goldstein, Jerrod Carmichael, John Cleese, Rowan Atkinson, Jerry Seinfeld e Hannah Einbinder já criticaram o conceito de cultura do cancelamento em relação a comédias. Recentemente, Atkinson disse que "o trabalho da comédia é ofender", enquanto Cleese comparou a censura ao seu trabalho como a "morte da criatividade".
“Você pode criar algo e depois criticá-lo, mas não pode fazer ambos ao mesmo tempo. Portanto, se você está preocupado em não ofender as pessoas e constantemente pensando nisso, não será muito criativo. Então, eu acho que [a censura aos humoristas] tem um efeito desastroso”, colocou Cleese em julho do ano passado.
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