Sucessos de bilheteria, muitas vezes, exigem um alto valor de investimento. Para explorar ao máximo todo o potencial de seus astros e atrair a audiência do público em todo o mundo, Hollywood não economiza. Mas nem sempre, o retorno é garantido. O dinheiro extra pode tanto ampliar e trazer novas possibilidades para a visão criativa dos diretores, como prender os artistas a contratos e compromissos com bilheteria, condicionando as decisões do filme ao que for mais atrativo para o público geral.
Seja qual for o caso, nessa lista, o AdoroCinema trouxe algumas das cenas mais caras do cinema, em produções que vão te surpreender.
Matrix Reloaded: A perseguição na rodovia
Estendendo-se por um quilômetro e meio, o set montado foi o pano de fundo para o segundo filme da franquia protagonizada por Keanu Reeves: a perseguição entre Morpheus (Laurence Fishburne), Trinity (Carrie-Anne Moss), os gêmeos (Neil e Adrian Rayment) entre outros agentes, em Matrix Reloaded. Lilly e Lana Wachowski rejeitaram os efeitos digitais e, em vez disso, construíram uma autoestrada falsa em uma base naval abandonada na Califórnia, optando também por acrobacias reais.
O resultado final é uma das perseguições de carro mais memoráveis da história do cinema. Só a rodovia custou US$ 2,5 milhões, mais cem carros destruídos, efeitos práticos e CGI, é possível dizer que uma porcentagem significativa do orçamento de US$ 150 milhões foi gasto nesta única sequência.
Superman - O Retorno: O Retorno de Superman a Krypton
Em Superman - O Retorno, uma cena em particular mostrava Superman (Brandon Routh) retornando a Krypton. Visualmente impressionante, a sequência pesada em CGI no entanto, foi um contraste tão forte com o resto do filme – um divertido filme de super-herói – que a Warner Bros. escolheu cortá-lo no corte final.
Foi uma decisão ousada, inclusive do ponto de vista financeiro: A criação do planeta natal do Superman custou cerca de US$ 10 milhões, tornando-a uma das cenas mais caras da história e provavelmente a cena deletada mais cara de todos os tempos.
Transformers: O Último Cavaleiro - Cena do ferro-velho
O orçamento de Transformers: O Último Cavaleiro foi de US$ 217 milhões, com uma grande parte disso gasta em locações para uma cena em particular. Como a edição anterior de Transformers: A Era da Extinção, foi concluída em um ferro-velho, os produtores estavam ansiosos para manter a continuidade.
Durante as filmagens de 10 dias, os produtores contrataram 40 trabalhadores locais para atuar nos bastidores, bem como 50 fornecedores da região e 3.000 noites de hotel acumuladas. Dois meses no local equivaliam a um investimento de US$ 15 milhões, antes de considerar o CGI e outros fatores de aumento de custos.
007 Contra Spectre: Perseguição de carro em Roma
Há rumores de que o orçamento de Spectre está entre US$ 300 e US$ 350 milhões. Todavia, a produção do 24º filme de James Bond (Daniel Craig) estabeleceu um novo recorde: US$ 32 milhões do orçamento foi gasto apenas destruindo carros. Como na cena em Roma, onde sete DB10 foram destruídos.
A sequência levou os carros de luxo a acelerarem pelas ruas estreitas do Vaticano em uma perseguição de gato e rato. A gravação durou uma noite, e o número de DB10s destruídos foram apenas para quatro segundos de filme.
Eu Sou a Lenda: O colapso da ponte
Em Eu Sou a Lenda, uma parte substancial do orçamento de US$ 150 milhões foi alocada para uma única cena, capturando a trágica separação de Neville (Will Smith) de sua esposa e filho. Uma boa parte da tecnologia digital foi usada para capturar o impacto do míssil. Ainda assim, a evacuação ao redor de Nova York foi filmada no local durante seis noites, exigindo a cooperação de 1.000 extras, 14 agências governamentais diferentes, um equipamento de iluminação expansivo e uma tripulação de 250 pessoas.
Vanilla Sky: Cena da Times Square
Com apenas 30 segundos de tempo de tela, esta cena de Vanilla Sky cumpre uma função fundamental na narrativa, intensificando a sensação de solidão do personagem interpretado por Tom Cruise. Surpreendentemente, nenhum CGI foi usado. Em vez disso, o diretor fez um acordo com a polícia de Nova York para fechar a área entre 5h e 8h de um domingo de novembro de 2000. O resultado foi uma sequência espetacular com um preço espetacular: mais de US$ 1 milhão por 30 segundos de filmagem.