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    Tarantino está sendo processado por causa de Pulp Fiction: Estúdio diz que cineasta foi antiético
    Aline Pereira
    Aline Pereira
    -Editora-chefe
    Jornalista que ama boas histórias e combina a paixão por cinema e TV com comunicação para mergulhar ainda mais nos universos e personagens que já fazem brilhar os olhos. Pipoca, terror, dramédia e uma pitada de reality são a receita perfeita para todos os dias.

    Um dos filmes mais importantes dos anos 90, Pulp Fiction está sendo disputado por Quentin Tarantino e o estúdio que detém os direitos autorais do longa.

    Vencedor do Oscar e do Globo de Ouro, Quentin Tarantino está sendo processado por causa de uma de suas obras mais aclamadas: o cineasta colocou à venda materiais exclusivos de Pulp Fiction -que incluem cenas inéditas e trechos do roteiro original-, mas o estúdio Miramax quer impedir que isso aconteça. A empresa responsável pela produção do filme de 1994 entrou com um processo contra o cineasta, alegando violação de direitos autorais sobre a obra que, legalmente, pertence ao estúdio.

    O rolo todo começou quando Tarantino compareceu a um evento em Nova York anunciando que venderia sete cenas inéditas e trechos do roteiro original manuscritos por ele digitalizados em formato NFT. Trata-se de um modelo para comercializar diversos tipos de itens de forma virtual em que as peças vendidas têm uma espécie de código único que dá uma garantia de originalidade ao comprador - este modelo tem sido muito utilizado recentemente para obras de arte digitais que, acompanhadas deste “certificado”, podem passar a valer uma fortuna em leilões, por exemplo.

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    Pois bem, Tarantino, que disse já estar perto de se aposentar, ficou muito interessado neste modelo de negócios e concluiu que seria uma boa ideia distribuir o conteúdo do filme, sem efetivamente perdê-lo. “Não há quantidade de dinheiro no mundo que me faria entregar meu roteiro original. Não vale a pena vendê-lo e nem deixar em um museu numa redoma de vidro. Mas fazer dessa forma me parece muito interessante”, disse. No caso de Pulp Fiction, que você pode assistir no Amazon Prime Video, o material à venda é sigiloso e apenas o dono terá acesso ao conteúdo.

    O que o estúdio disse?

    O processo, que foi publicado pela Variety, diz que o cineasta não consultou a Miramax sobre essa venda, mesmo sabendo que o estúdio ainda detém os direitos de Pulp Fiction. Os representantes legais da empresa afirmam que tentaram impedir o diretor, que não desistiu de prosseguir com a venda. Assim, a empresa se declarou lesada, já que ela própria tinha planos de entrar no mercado de NFTs com suas obras cinematográficas.

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    Resposta de Tarantino

    Em declaração também publicada na Variety, o advogado de Quentin Tarantino afirmou que a Miramax está equivocada e que o artista tem, sim, o direito de vender seu próprio roteiro, que foi escrito à mão por ele. “Esta tentativa presunçosa de impedi-lo vai fracassar. Esta decisão da Miramax vai manchar a reputação da empresa por muito tempo quando este caso for encerrado”, afirmou o advogado. 

    Pulp Fiction - Tempo de Violência
    Pulp Fiction - Tempo de Violência
    Data de lançamento 18 de fevereiro de 1995 | 2h 29min
    Criador(es): Quentin Tarantino
    Com John Travolta, Samuel L. Jackson, Uma Thurman
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