Você Nem Imagina é a nova aposta da Netflix quando o assunto é comédias românticas adolescentes, mas trazendo um pouco mais de maturidade em comparação com outros sucessos da plataforma, tipo Para Todos os Garotos que Já Amei ou A Barraca do Beijo — segundo a crítica do AdoroCinema.
Com direção e roteiro de Alice Wu, o filme já se tornou sucesso de popularidade, enquanto o elenco jovem começa a ganhar cada vez mais seguidores e fãs nas redes sociais. Afinal, existe algo especial em The Half of It (no original) e chegou a hora de listar 3 motivos que fazem esse longa ser tão importante nos dias atuais.
Representatividade importa!
Não é possível começar essa lista de outra forma, pois é belo ver como Você Nem Imagina traz um sopro de ar fresco numa fórmula já conhecida do gênero. A história de uma Elle (Leah Lewis), que precisa escrever uma carta de amor para seu crush, Aster (Alexxis Lemire), no nome de um garoto, Paul (Daniel Diemer), traz um singelo romance LGBT, ao mesmo tempo que captura as incertezas e grandes paixões da adolescência. Contar uma história de amor gay de forma poética, mas direta, numa plataforma tão popular, num projeto destinado para o público jovem é uma bela iniciativa. Afinal, permite que garotos e garotas percebam que todos os tipos de amor são bonitos. Xô, preconceito!
O poder de uma amizade
Ao mesmo tempo que o triângulo amoroso do filme é bem construído, o mesmo pode ser dito sobre o outro grande relacionamento da trama: a amizade entre Elle e Paul. Enquanto ambos se jogam numa jornada de descoberta sobre o que significa amor, também abrem espaços em suas vidas para deixar um amigo entrar, um parceiro em quem pode confiar e um companheiro para alegrias e tristezas. Sem querer, essa dinâmica se torna a espinha dorsal do longa, promovendo algumas das melhores cenas. Por fim, ainda traz uma lição relacionada à aceitação e empatia pelo ser humano.
É lindo ver diversidade
Assim como a franquia Para Todos os Garotos e Podres de Ricos, Você Nem Imagina investe na representatividade asiática — dessa vez, colocando uma jovem de descendência chinesa. Em entrevista exclusiva para o AdoroCinema, Alice Wu falou sobre a escolha da protagonista:
"O o que realmente gosto de fazer é humanizar esses personagens para que eles sejam um personagem que você normalmente não vê, que geralmente apenas tem um papel estereotipado. Gosto de torná-los o personagem principal e realmente dar todas as nuances do que os personagens principais sentem [...] Mas o que talvez pareça "moderno" sobre isso é que aquele personagem que está experimentando todas essas vivências e emoções, você vê geralmente como um cara branco e heterossexual, certo? Em vez disso, você está vendo essa lésbica chinesa/americana, que possui esses mesmos sentimentos, além de toda a especificidade cultural do que significa ser chinesa/americana."