Para Amy March (Florence Pugh), casamento é um acordo econômico. Para as mulheres, que durante o Século XIX não tinham independência o suficiente para ganharem o próprio dinheiro, casamento é uma questão de pertencimento, e o amor é uma construção social. Mas para Laurie (Timothée Chalamet), é melhor perguntar aos poetas.
A premissa da discussão entre os dois, que você confere na cena acima, divulgada com exclusividade pelo AdoroCinema, é um dos pilares da nova adaptação de Adoráveis Mulheres escrita e dirigida por Greta Gerwig. Trata-se de uma questão não apenas de ponto de vista, mas de vivências diferentes, de uma mulher de classe baixa e de um homem de uma família abastada.
"Como mulher, não tenho meios de ganhar dinheiro", declara Amy. "Não o suficiente para ganhar a vida nem sustentar minha família. E se eu tivesse dinheiro, o que eu não tewnho, o dinheiro seria do meu marido assim que nos casarmos. E se tivéssemos filhos, seriam dele, não meus. Propriedade dele."
Na história, Amy é a terceira de quatro filhas, sendo as outras Meg (Emma Watson), Jo (Saoirse Ronan) e Beth (Eliza Scanlen). Elas moram com a mãe (Laura Dern), enquanto a história acompanha a fase de amadurecimento delas da adolescência para a vida adulta. Para além de uma adaptação do livro com tons autobiográficos de Louisa May Alcott, a versão de Gerwig se diferencia por brincar com as referências temporais e literárias, construindo algo extremamente próprio.
"A fluidez com que se movimenta entre diferentes linhas temporais, emprega elipses narrativas e ressignifica os espaços ocupados pela família March impressionam pelo nível de consciência e controle sobre o que se espera alcançar", destaca a crítica do AdoroCinema. Leia aqui o texto completo.
Adoráveis Mulheres chega aos cinemas brasileiros em 9 de janeiro.