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    2020 no gás: 10 filmes e séries que você precisa pôr em dia o quanto antes

    Tá esperando o que pra pegar a sua Coca-Cola e dar o play?

    Coloca a Coca-Cola pra gelar, já prepara a pipoca, e vai no gás para aquela maratona de fim de ano. Afinal de contas, 2020 já está virando a esquina, e para começar o ano novo no melhor estilo e mandando bem nas rodinhas de conversas, a boa é colocar em dia os filmes e as séries que passaram batidas ao longo do ano, mas que prometem render ainda muito assunto para os próximos meses. 

    A verdade é que essas são as produções que dominaram os assuntos nas redes sociais e entre os maiores especialistas no entretenimento. Por isso, para mandar bem e começar o ano naquele gás, o AdoroCinema traz cinco filmes e cinco séries que você precisa colocar em dia antes de o ano novo começar de vez.

    Euphoria

    Protagonizada por Zendaya e com um elenco recheado de talentos como Hunter SchaferJacob ElordiBarbie Ferreira (que tem inclusive origens brasileiras), a série acompanha a jornada da adolescente Rue (Zendaya), após voltar da clínica de reabilitação e conhecer Jules (Schafer). 

    A crítica do AdoroCinema pontua: “A abordagem obscura de tudo o que faz parte do clichê dos dramas de ensino médio é diferencial em Euphoria porque a série o tempo todo sabe que aquilo não é eterno. Ao invés de mostrar adolescentes que acreditam piamente que aquilo que vivem antes de ingressarem na vida adulta é para sempre — outro estereótipo cansado de adolescentes na TV —, Euphoria trata cada um daqueles personagens como seres completos, e entende que eles sabem que aquilo está longe de ser o fim”.

    Watchmen

    A série de Damon Lindelof (Lost, The Leftovers) se inspira nas HQs originais de Alan MooreDave Gibbons e conta uma história inteiramente sua, ambientada em 2019 e protagonizada pelo meteoro conhecido como Regina King. A série conta com alguns personagens originais da história clássica, como Laurie Blake (Jean Smart), que era a Espectral II, e Adrian Veidt, vivido por Jeremy IronsWatchmen se enxerga como uma meditação sobre os traumas e as complexidades do histórico sócio-político dos Estados Unidos da América, trazendo o que era contextualizado em uma suposta guerra ideológica no entorno do comunismo para uma conversa sobre justiceiros sociais, racismo e protofascismo.

    “Isso porque, apesar das muitas glórias, talvez o maior trunfo de Watchmen neste momento inicial seja a forma como a série rapidamente traça uma conexão simples e de analogias fáceis com um contexto político extremamente pesado e complexo. Quando a cena de abertura reproduz um evento real e trágico, em que brancos atacaram a comunidade negra da cidade de Oklahoma, deixando cerca de 300 mortos e mais de 10 mil desabrigados, está pedindo para que o espectador olhe para a história como ela realmente é — apenas para, breves minutos depois, observar como ela acaba sendo lembrada: na forma de um clássico e cultuado musical”, destaca o nosso texto do primeiro episódio. 

    Olhos que Condenam

    Baseada em uma história real de cinco garotos negros condenados por um crime que não cometeram no Central Park, em Nova York, a premiada série de Ava DuVernay tem quatro episódios que prometem mexer com qualquer coração de pedra. Pertinente e com atuações surpreendentes de Asante Blackk e Jharrel Jerome, a série é um dos grandes lançamentos de 2019.

    Olhos que Condenam é óbvia em seu objetivo – coloca Donald Trump como a representação do privilégio, ditando as conversas sobre o caso ainda que não tenha conhecimento algum sobre ele – de mostrar que essa história é pertinente até os dias de hoje porque continua se repetindo. Ela não deixa de executá-lo com muita força e clareza, e é uma série que causa grande impacto porque sabe onde dói. Ela não suaviza a história que está contando para o conforto de ninguém. Ajuda também o fato de ela dar o destaque merecido a Jerome, o ator que melhor absorve o papel”, lembra a nossa crítica.

    Sex Education

    Não, a Emma Mackey não é a Margot Robbie, mas o elenco dessa série protagonizada por Asa ButterfieldGillian Anderson é nada menos que apaixonante. A comédia britânica acompanha Otis (Butterfield), um adolescente socialmente inapto cuja mãe é terapeuta sexual. Um dia, ele resolve usar os aprendizados que acabou adquirindo em casa para se transformar em um jovem popular, e tentar conquistar a garota dos sonhos, Maeve (Mackey), com a ajuda do seu melhor amigo, Erin (Ncuti Gatwa).

    O AdoroCinema elogia: “Ao apostar na honestidade de uma história que se propõe a falar de um tabu sem ridicularizá-lo, torna-se a produção mais genuína ainda que se ampare em todas as convenções de gênero que criaram as comédias escolares. Ela se transforma em algo muito perspicaz quando aposta na contradição com que constrói  o personagem principal da história. Otis não sabe absolutamente nada sobre sexo, mas ao mesmo tempo sabe tudo. Ele dá conselhos que ele mesmo não segue. E isso diz muito sobre experimentações e descobertas. Sexo pode ser divertido, assustador, confuso, frustrante ou prazeroso, mas é algo natural e deve ser tratado como tal”.

    Fleabag

    Ah, o Padre… quem não ouviu falar na 2ª temporada da série criada por Phoebe Waller-Bridge? A comédia tomou a televisão (e o streaming) como um furacão em 2019, com oito episódios que mesclam com o perfeito equilíbrio a comédia e o drama, com direito a Andrew Scott e a Oscarizada Olivia Colman

    Diz a crítica: “Ao contrário de outras obras, a quebra da quarta parede deixa de ser algo cômico usado apenas para se comunicar com o público. O espectador também faz parte da história, pois somos fração da louca mente da protagonista de Phoebe Waller-Bridge. [..] Essa profundidade emocional segue acompanhada por tiradas sagazes hilárias, que ajudam a conduzir de maneira que surpreenda a quem assiste. É algo que não vemos na TV em muito tempo, a tal ponto que Fleabag se tornou uma joia rara, merecendo ganhar mais apreço”.

    Pose

    Live… Love… Pose!

    Criada por Ryan Murphy, o drama focado na comunidade LGBT e na cultura de bailes no início da década de 1990 em Nova York tem atuações incríveis e emocionantes e conta uma história de superação contra o preconceito com muito bom humor e, o melhor de tudo, o incrível Billy Porter. O elenco traz grandes destaques e abre espaço para atrizes trans, como Indya MooreDominique Jackson e MJ Rodriguez

    O AdoroCinema pontua: “Obviamente, Pose não ignora os grandes problemas sofridos pela comunidade em tal época. AIDS, preconceito, falta de oportunidades, condições pobres... Tudo isso está presente na história, mas não é o foco. É a humanidade de tais personagens que ganha as telas. É a chance de dar voz para aqueles que são sempre marginalizados. Pois seus relacionamentos e os fortes laços que criaram entre si foram essenciais para não permitir que suas histórias fossem apagadas pelo tempo. E acredite: eles têm muito para contar”.

    Um Lugar Silencioso

    Tudo bem que o filme de John Krasinski não é de 2019, mas chegou a hora de quem ainda não viu reparar este erro, pois a continuação chega às telonas em 2020. O filme acompanha uma família em uma realidade distópica em que o mundo foi tomado por criaturas alienígenas que se orientam pelo som. Além de Krasinski, Emily BluntNoah Jupe estão no elenco. 

    O AdoroCinema afirma: “É nesse ambiente suspenso de pura tensão no meio de um milharal - um segundo elemento que evoca Sinais, de M. Night Shyamalan —, que vive a família composta por pai (Krasinski), mãe (Blunt), filho (o menino Noah Jupe, de Extraordinário) e filha (a atriz Millicent Simmonds, deficiente auditiva, que trabalhou com Todd Haynes em Sem Fôlego). Culpa, aceitação e uma gravidez no meio do caminho são alguns dos ingredientes que contribuem para tornar a experiência desta família (e a do espectador) ainda mais aflitiva. Treinando as crianças para sobreviver por conta própria neste contexto, o filme funciona como uma metáfora sobre as responsabilidades (e medos) que rondam a paternidade”.

    Parasita

    Vencedor do Grand Prix do Festival de Cannes 2019, o longa coreano de Bong Joon-ho acompanha uma família de classe baixa que acaba indo parar, aos poucos, na grandiosa mansão de uma família rica. Eles se encantam com essa outra realidade e isso acaba fazendo com que tudo saia do controle.

    “À medida que o suspense se instaura, Parasita toma a precaução de expandir o escopo social e visitar outras famílias em situação tão precária quanto aquela dos protagonistas. Este é o momento de revelar as diferentes maneiras de lidar com as dificuldades, para que o parasitismo de Ki-Taek e seus familiares não seja visto como a única saída possível”, observa o AdoroCinema na crítica.

    A Odisséia dos Tontos

    O filme argentino protagonizado por RicardoChino Darín acompanha um país desolado após a crise econômica e o congelamento dos gastos para narrar uma história de um grupo que é passado para trás e precisa recuperar o dinheiro que perdeu. Humor e revanche se misturam em uma história alucinante. 

    “A Odisseia dos Tontos ganha camadas realísticas por encaixar problemas que a sociedade encara, e a escolha de abordar tal assunto em menor escala, com a visão de uma pequena cidade perante ao restante do país, ajuda a humanizar todo o cenário”, pontua o AdoroCinema.

    Dor e Glória

    Espécie de filme-testamento de Pedro AlmodóvarDor e Glória acompanha Salvador Mallo (Antonio Banderas), um melancólico cineasta em declínio que se vê obrigado a pensar sobre as escolhas que fez na vida quando seu passado retorna. Entre lembranças e reencontros, ele reflete sobre sua infância na década de 1960, seu processo de imigração para a Espanha, seu primeiro amor maduro e sua relação com a escrita e com o cinema.

    “Com Dor e Glória, um Almodóvar contido explora seus traços autorais sem repetição, adaptando-os à necessidade da trama diminuta. Enquanto evocação de uma vida crepuscular, revela-se impiedoso, porém terno. As cenas finais possuem forte teor sugestivo, deixando em aberto o futuro da pessoa e do artista, enquanto lembram que apenas as obras são eternas. O filme não deixa de constituir uma homenagem à ontologia fotográfica do cinema, ao aspecto embalsamador de toda imagem, que preserva uma representação para muito além da existência de seu referente. Por isso as cartas, os quadros, as peças de teatro, as canções, os textos, e os filmes se tornam tão importantes neste projeto: a arte constitui uma bela tentativa utópica de resistir à passagem do tempo, ao mesmo tempo em que se celebra o tempo passado”, afirma o AdoroCinema.

    Casal Improvável

    Uma comédia protagonizada por Charlize TheronSeth Rogen sendo literalmente um casal completamente improvável, com direito à inversão dos papéis masculino e feminino e muitos easter-eggs para os amantes de cinema e televisão. 

    Na crítica, o AdoroCinema alega: “A riqueza das piadas de Casal Improvável é visível já na primeira cena do longa, quando o personagem de Seth Rogen é obrigado a tatuar uma suástica e, ao ser perguntado sobre a dor da agulha, sugere que a dor emocional, por se tratar de um símbolo extremamente racista, é muito maior do que a física. A partir da cena inicial, o longa dirigido por Jonathan Levine escancara de imediato não apenas o alto potencial para a comédia como também o seu engajamento com questões político-sociais em pauta no momento, como a ascensão dos movimentos de supremacia branca, machismo e homofobia”.

    Viu? Que tal aproveitar esse fim de ano para colocar tudo em dia?! E Coca-Cola te dá o gás para você aproveitar cada instante dessas maratonas do melhor jeito!

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