Recentemente, a Warner surgiu como figura principal de uma polêmica um tanto delicada quando as famílias atingidas por um tiroteio, ocorrido durante uma sessão de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, exigiram um posicionamento firme com o lançamento de Coringa. Na ocasião, a responsabilidade social do estúdio começou a ser debatida com mais afinco, e isso já tem gerado algumas consequências diretas.
Com receio de acabarem sendo permissivas a comportamentos perigosos e violentos, a Landmark e a AMC — duas das maiores redes de cinemas do mundo — relataram em um comunicado oficial que irão proibir o uso de máscaras, pinturas, ou "qualquer objeto que possa esconder potencialmente o rosto". A Landmark adicionou também o uso de fantasias às restrições em questão.
No entanto, nem todas as redes mostraram-se à favor das novas medidas tomadas para evitar tragédias. A empresa Regal, por exemplo, relatou que não fará nenhuma espécie de proibição, e também emitiu um comunicado dizendo não acreditar na problemática que cerca o filme: "Não acreditamos que o conteúdo ou a existência de um filme possa ser causa ou sinal de violência", disseram ao TMZ.
The National Interest
A questão em volta de Coringa começou a tomar forma após as primeiras exibições no Festival de Veneza. Lá, alguns críticos relataram temer que o filme pudesse estimular o comportamento agressivo de incels — membros de uma subcultura online que acredita ser oprimida pela sociedade, que os impede de ter relações sexuais e afetivas com o sexo oposto.
A popularidade do termo tem aumentado de maneira gradativa, assim como o número de pessoas que o usam como justificativa para cometer atos de violência grave, atentados públicos e feminicídio. Em contraponto, a maior parte das redes de cinema já iniciaram uma onda de proibição de armas de brinquedo e outros objetos similares.