O sonho do Oscar próprio está se tornando cada vez mais possível. Ou nem tanto. Na última sexta feira, a estatueta de Melhor Filme do drama A Luz é Para Todos, que levou o prêmio em 1948, foi vendida pela exorbitante quantia de US$ 492 mil. A transação da peça, conquistada pelo diretor Elia Kazan e sua equipe, ocorreu em Los Angeles, durante um dos esporádicos leilões que ofertam itens da Academia, dessa vez promovido pela casa Profiles in History.
Não é comum vermos esse tipo de transação, e isso acontece por um motivo. Em 1951, vencedores do Oscar concordaram que eles e seus herdeiros devem oferecer seus respectivos prêmios para a Academia pelo valor simbólico de $1 antes de vendê-los para qualquer outra pessoa. Dessa forma, eles honram o princípio compartilhado pelos membros da Academia de que troféus devem ser conquistados, e não comprados.
Outras peças valiosas do cinema que constavam no catálago do leilão da Profiles in History também foram adquiridas. Na ocasião, a estatueta de Melhor Filme conquistada pelo longa de aventura O Grande Motim, de 1935, foi arrebatada pela "modesta" quantia de US$ 240 mil, por um comprador que preferiu permanecer anônimo.
Dentre outros itens, estava um arquivo de documentos do projeto do clássico O Mágico de Oz, vendido por US$ 1,2 milhão; um capacete de piloto de TIE Fighter do Star Wars original, vendido por US$ 240 mil; um phaser da série Star Trek, vendido por US$ 192 mil; e um bilhete dourado do filme A Fantástica Fábrica de Chocolate, vendido por US$ 48 mil. O total angrariado no leilão foi de $8 milhões.
De toda forma, nenhuma compra de um item da Academia nessa semana bateu o recorde de Michael Jackson. Em 1999, o Rei do Pop pagou US$ 1,5 milhão pela estatueta de Melhor Filme conquistada por ...E O Vento Levou (1940).