Frequentemente, os festivais cinematográficos servem como as mais perfeitas plataformas para que filmes de diversas durações se credenciem à temporada de premiações. Ocasionalmente, no entanto, as mostras também funcionam como uma oportunidade de fazer sessões-teste com impiedosos cinéfilos. E é este o caso do diretor David Mackenzie (A Qualquer Custo), que decidiu remover 20 minutos de Legítimo Rei após a fria recepção da audiência ao épico de guerra da Netflix no Festival de Toronto 2018 (via Deadline).
"Pude ver como o público se sentiu no cinema", declarou o cineasta sobre a resposta do público, desconfortável com a longa duração de Legítimo Rei. Mackenzie, que se apressou para apresentar um corte satisfatório na noite de abertura do Festival de Toronto, cortará aproximadamente 15% da versão "original" de 2h17 exibida no Canadá. Tendo recebido 2 estrelas na avaliação do AdoroCinema, Legítimo Rei foi majoritariamente criticado pela imprensa internacional por causa de sua extensa e desnecessária duração.
De acordo com o próprio diretor, a decisão de modificar o corte do épico de guerra sobre Roberto de Bruce (Chris Pine) e sua luta para conquistar, novamente, a independência da Escócia foi inteiramente sua. Logo após o Festival de Toronto, o realizador notificou à Netflix que faria alterações e dirigiu-se diretamente para a sala de montagem para eliminar a "gordura" de Legítimo Rei. Mackenzie não forneceu maiores detalhes sobre quais cenas ou personagens retirou de seu drama histórico, mas garantiu que a sequência de nudez frontal de Pine, uma das mais comentadas do filme em Toronto, não foi removida.
"Vale a pena ver o filme novamente e encorajo os críticos que já viram o filme e não se sentiram conectados a vê-lo novamente. É um pouco diferente porque tem menos de duas horas, mas ainda é um épico", sentenciou Mackenzie. Coestrelado por Aaron Taylor-Johnson e Florence Pugh, Legítimo Rei estreia no dia 9 de novembro no catálogo da Netflix.