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    Scarlett Johansson recebe críticas por interpretar um homem transgênero em seu novo projeto

    E a resposta da atriz só piorou a polêmica!

    Getty Images

    Na última terça-feira (03/07) foi anunciado que Scarlett Johansson será a protagonista de Rub & Tug, biografia de Dante "Tex" Gill (nascido Jean Marie Gill), que comandou a máfia de casas de massagens durante a década de 1970. O grande problema é que Dante era um homem transgênero, tanto que jornais da época descreviam tal famosa figura "como uma mulher que gostava de ser reconhecida como homem".

    Rapidamente, muitos passaram a questionar a escolha de uma atriz cisgênero para o papel, mostrando como Hollywood não dá chances para atores transgêneros em suas produções. E ainda vale lembrar que Scarlett já foi críticada por ter assumido o papel principal de A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (curiosamente, outra parceria com o diretor Rupert Sanders) - adaptação de um mangá com protagonista asiática.

    "Primeiro os japoneses, agora Scarlett Johansson está dominando a comunidade trans com seu novo filme Rub and Tag. Não vejo a hora de seu filme sobre Rosa Parks ser lançado", falou sarcásticamente a crítica e roteirista Valerie Complex.

    E ainda virou meme: "Quando Scarlett coletar todas as Jóias das minorias, ela conseguirá terminar com a diversidade em Hollywood!"

    "Uma pesquisa rápida sobre a vida de Tex Gil mostra que ele não era um crossdresser. Ele era transgênero. Isso não é a mesma coisa!", falou a jornalista Donna Dickens.

    Diante de tais críticas, os representantes de Scarlett Johansson fizeram uma breve declaração ao portal Bustle, o que não melhorou muito a situação... "Falem para eles [os críticos] mandarem suas mensagens para Jeffrey TamborJared LetoFelicity Huffman também falarem sobre o assunto", fazendo referências aos seus personagens em TransparentClube de Compras Dallas e Transamerica. Ou seja, a resposta da atriz foi simplesmente citar que outras pessoas já fizeram isso antes. Mas isso não é o suficiente em pleno 2018, onde conversas sobre representatividade na mídia ganham força no debate público.

    Diante disso, a atriz transgênero Jamie Clayton (Sense8) críticou tal postura: "Atores transgêneros são chamados apenas para audições de papeis trans, nem são considerados para outros tipos de papeis. ISSO É UM PROBLEMA REAL. A GENTE NEM CONSEGUE ENTRAR NA SALA. ESCALEM ATORES TRANS EM PAPEIS CIS. EU DESAFIO VOCÊS!", mandando tal mensagem para Sanders, Johansson e a produtora New Regency.

    Vale lembrar que, felizmente, outras obras, além de Sense8, estão dando espaço para representatividade. O elogiado Tangerine (2015) trazia duas atrizes transgêneras como protagonistas, rendendo um Independent Spirit Awards para Mya Taylor. Já o oscarizado Uma Mulher Fantástica (2017) foi estrelado pela transexual Daniela Vega. Atualmente, Pose quebrou recorde ao ter o maior número de atrizes trans em seu elenco regular

     

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