Dispensado pela 20th Century Fox do cargo de diretor do longa-metragem Bohemian Rhapsody, cinebiografia do astro Freddie Mercury, Bryan Singer se pronunciou pela primeira vez. Em declaração dada ao The Hollywood Reporter ele nega os rumores de brigas violentas com Rami Malek, que interpreta o protagonista, e justifica sua ausência prolongada do set citando problemas familiares do outro lado do Atlântico - as gravações ocorrem na Inglaterra e os parentes do diretor se encontram nos Estados Unidos.
"Bohemian Rhapsody é meu projeto dos sonhos. Faltando menos de três semanas para o encerramento das filmagens pedi à Fox um tempo para voltar aos Estados Unidos por conta de urgentes problemas de saúde de um dos meus pais. Foi uma experiência muito onerosa que acabou prejudicando por consequência a minha própria saúde. Infelizmente o estúdio não quis se ajustar às minhas necessidades e finalizou meus serviçoes. Não foi uma decisão minha, estava além do meu controle.
Boatos de que minha saída inesperada foi motivada por desacordos com Rami Malek não são verdadeiros. Por vezes enfrentamos diferenças criativas no set, mas finalmente Rami e eu conseguimos superar os problemas e trabalhamos juntos no desenvolvimento do filme até o Dia de Ação de Graças."
Depois da folga do feriado Singer nunca mais foi visto no set e o não retorno (mais uma série de atrasos e faltas) é apontado por fontes como o principal causador do desligamento, juntamente com o relacionamento muito difícil com o ator principal. Tom Hollander, que interpreta o empresário da banda Queen, teria chegado a abandonar as filmagens em protesto contra a falta de profissionalismo de Singer e várias sequências foram dirigidas pelo diretor de fotografia Newton Thomas Sigel em virtude de ausências inesperadas do chefe.
O substituto que comandará a reta final das gravações deve ser anunciado em breve, mas por regras do Sindicato dos Diretores o nome de Singer será mantido nos créditos. A estreia de Bohemian Rhapsody permanece agendada para 27 de dezembro de 2018.