Espere sentado se você quer ver Jim Carrey retornar aos personagens que viveu em O Máskara, Ace Ventura ou Todo Poderoso. Em entrevista para o site The Hollywood Reporter, o popular astro do cinema de comédia que vira e mexe faz grandes investidas nos cinemas com sua veia dramática mais séria afirmou que "não é o maior fã de sequências".
"Sequências são feitas por questões comerciais na maior parte das vezes. Quando eu fiz isso foi com personagens que eu gostava de interpretar, mas eu percebi que eu estava quase parodiando a mim mesmo", contou o ator, atualmente com 55 anos de idade. A experiência mais recente de Carrey com uma continuação foi em Debi & Lóide 2, que estreou em 2014 e foi o último de seus filmes a estrear nos cinemas brasileiros.
Sobre a experiência de voltar a viver o abobalhado Lloyd Christmas na continuação de Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994), Carrey disse que foi divertido trabalhar novamente com Jeff Daniels, mas que estava imitando sua inspiração original ao atuar.
Grandes estúdios de Hollywood tem se empenhado em construir, manter e ampliar franquias com inúmeras sequências e filmes derivados, vide franquias como Transformers, Star Wars, Velozes e Furiosos e, especialmente, o Universo Cinematográfico Marvel. Aliás, Carrey contou ao THR que estaria disposto a deixar de lado seu desinteresse por sequências caso recebesse um convite para integrar uma produção da Marvel Studios.
"Com tudo isso que eu disse, se a Marvel quiser que eu faça...", divagou Carrey, que completou sua reticência ao inventar um personagem que ele gostaria de viver: "O Homem Neurótico! O homem que não existe!"
Jim não é nenhum desconhecido do universo dos filmes de super-heróis. Ele interpretou o vilão Charada em Batman Eternamente, produção que só não é a pior versão do Batman que já chegou aos cinemas porque Batman & Robin existe.
Recentemente Carrey tem voltado às manchetes por conta de suas entrevistas nada ortodoxas, como quando ficou niilista no tapete vermelho de um evento de moda e disse a repórter que "não há sentido em nada disso" e "não existe o eu". Um documentário sobre o ator e seu talento para a pintura viralizou na internet nas últimas semanas, assim como um depoimento seu para ex-presidiários no qual pedia que as pessoas ali usassem a figura de Cristo como inspiração.
"Muitas pessoas pensam que eu estou passando por algo e elas dizem, 'Bem, isso é uma reação dele para a depressão'", afirmou Carrey, que perdeu sua namorada em 2015 e foi acusado pela família da mulher de ter entregue a ela os remédios que causaram sua morte. "Não nada de depressão ou o que quer que seja em minha vida. A depressão só acontece quando você não aceita o que ela é", comentou.