Em 2012, quando a Warner se preparava para lançar O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, os herdeiros de J. R. R. Tolkien, autor das célebres histórias da Terra Média, e a editora HarperCollins, detentora dos direitos dos livros, entraram com uma ação judicial de aproximadamente US$ 80 milhões (por volta de R$ 265 milhões) contra o estúdio por utilização indevida de propriedade intelectual. Depois de cinco anos de muitas negociações, as duas partes finalmente resolveram suas diferenças - de forma amigável, segundo uma fonte da Variety. Os valores do acordo não foram divulgados.
A problemática teve início quando a Warner começou a explorar comercialmente os personagens e a trama de O Hobbit em jogos eletrônicos. Segundo o que alegavam os acusantes, o contrato firmado com o estúdio só permitia que a Warner adaptasse a obra para os cinemas. Para que fossem produzidos outros bens culturais derivados da saga do jovem Bilbo Bolseiro (interpretado por Martin Freeman), a Warner teria que adquirir os direitos específicos para cada mídia.
Esta não foi a única divergência envolvendo as adaptações do autor da literatura fantástica. Em 2007, após dirigir os filmes da primeira trilogia - que ganharam, juntos, 17 Oscar -, Peter Jackson processou a NewLine, subsidiária da Warner, por não ter recebido uma parte dos lucros. As partes também chegaram a um acordo amigável e o cineasta retornou à Terra Média cinco anos depois, comandando Freeman e companhia na trilogia O Hobbit.
Combinadas, as duas franquias arrecadaram aproximadamente US$ 6 bilhões nas bilheterias ao redor do mundo.