Sofia Coppola, a arrojada. Provando que tem o sangue destemido de Francis Ford Coppola correndo nas veias, a diretora premiada no Festival de Cannes por O Estranho que Nós Amamos finalmente revelou seus ambiciosos planos para A Pequena Sereia. Contratada pela Universal Pictures (e Working Title) em 2014 para levar aos cinemas uma adaptação com atores do clássico conto de Hans Christian Andersen, ela acabou se desligando do projeto em junho de 2015 sob a batida alegação de "diferenças criativas". Numa palestra em Nova York esta semana, a indicada ao Oscar por Encontros e Desencontros contou o que exatamente deu errado:
"Não era a versão da Disney, seria o conto de fadas original, que é bem mais sombrio. Achei que seria divertido dirigir um conto de fadas, sempre os amei, atiçou minha curiosidade. [Mas] ficou grande demais. Queria filmar embaixo d'água, o que seria um enorme pesadelo, mas fotografia submersa é algo belíssimo. Fizemos até alguns testes. Não era uma abordagem muito realista, porém foi interessante cogitá-la. [..] Para mim, quando um filme tem um orçamento gigante como esse tinha, o negócio torna-se um elemento maior do que a arte."
Em desenvolvimento há anos, A Pequena Sereia inicialmente teria Joe Wright como diretor e depois da saída de Sofia foi parar nas mãos de Rebecca Thomas, mas segue sem novas informações desde que Chloë Grace Moretz desistiu de estrelar como Ariel.
Sequências embaixo d'água poderão ser vistas nas telonas ano que vem em Aquaman, de James Wan. Antes, em 10 de agosto deste ano, estreia o novo trabalho de Sofia: O Estranho que Nós Amamos.