Assim como ocorreu com o peixe-palhaço depois da estreia de Procurando Nemo, em 2003, a demanda da compra por peixes da espécie cirurgião-patela, como a Dory, aumentou significamente com a exibição da sequência nos cinemas.
A popularidade da peixinha famosa por ter a memória curta elevou a curiosidade do público quanto aos peixes blue tang, nome usado nos Estados Unidos para a espécie da Dory, o que ameaça a existência do peixe na seu habitat natural, que está sendo cada vez mais comprado para aquários. A preocupação pelo efeito colateral, que contradiz a mensagem de ambos os filmes, já apresentou manifestações de ativistas antes mesmo da estreia de Procurando Dory nos cinemas.
Com o retrospecto da procura por peixe-palhaço após o primeiro filme, ativistas da organização Saving Nemo Conservation Fund compartilharam uma petição que solicitava que a Disney e a Pixar tomassem precauções quanto à segurança dos peixes da mesma espécie da Dory, com o objetivo de fazer um aviso educativo antes da exibição da animação nos cinemas. Porém, a atitude do público se manteve similar ao caso dos peixes-palhaço e o cirurgião-patela está cada vez mais próximo da extinção em locais específicos. De acordo com a organização, cerca de 400 mil peixes desta espécie são retirados anualmente do seu ambiente natural para viverem em cativeiros e serem criados como peixe de estimação.
Procurando Dory já bateu recordes, sendo a animação mais vista nos Estados Unidos e em nono lugar na lista das maiores bilheterias do país, com U$ 460, 2 milhões. Além disso, Dory também apresenta altos números nas bilheterias brasileiras, com quase 7 milhões de espectadores após quatro semanas em cartaz.