O Mágico (2010)
TOMATOMETER: 90%
L'Illusionniste (no original) marca o retorno à direção de um longa de animação de Sylvain Chomet desde o excelente As Bicicletas de Belleville (2003). O filme foi realizado a partir de um roteiro original de Jacques Tati, que jamais tinha sido produzido, e indicado tanto ao Globo de Ouro quanto ao Oscar de melhor longa de animação em 2011.
A trama é focada em um senhor, mágico, que vê suas oportunidades de trabalho minguarem à medida em que o público demanda por atrações mais “jovens”. Assim, ele passa a viajar com cada vez mais frequência, a fim de buscar espectadores para a sua arte. Até que conhece uma simpática garota, a quem presenteia com um par de sapatos. E a menina resolve segui-lo em suas andanças – o que passa a ser um problema, afinal, trata-se de mais um estômago para alimentar.
“A presença constante de animações made in Hollywood, quase todas seguindo a cartilha Disney, faz com que filmes como O Mágico surjam como exóticos diante de boa parte do público. Afinal de contas, os animais falantes ou humanizados não existem. A opção pelo realismo deixa de lado as cores vivas, apostando firme nos tons escuros e, por vezes, sombrios. Para completar, praticamente não há diálogos - e, mesmo os presentes, não têm legendas”, aponta a crítica do AdoroCinema. Resumindo: “É o cinema sendo tratado como em sua origem, transmitido pela simples percepção visual do que acontece na tela”.