Se o cinema é o reflexo do povo de um país, podemos dizer que o Brasil foi (ou é) uma nação de muito humor e pouca roupa.
Afinal, entre os anos 1960 e 1980, pelo menos, a produção cinematográfica do país foi dominada, em um primeiro momento, pelos filmes de humor ingênuo que caracterizaram o subgênero conhecido como chanchada; para, em seguida, embarcar na sexualidade de produções de baixo orçamento, como as da Boca do Lixo (e ainda assim de forte tom cômico) das obras da pornochanchada – até o governo Collor praticamente dizimar o cinema nacional no início dos anos 1990.
Julgamentos de valor à parte, o que não é possível negar é a criatividade dos realizadores tupiniquins, afinal, é preciso ter uma imaginação muito fértil para transformar Greese – Nos Tempos da Brilhantina em Nos Tempos da Vaselina; ou inventar uma Etéia, A Extraterrestre em Sua Aventura no Rio.
É um reflexo dessa leva que procuramos trazer nas próximas páginas.
Obs.: excluímos as paródias dos filmes d’Os Trapalhões que, além de conhecidas, rendem uma lista própria por si só.