Jabaculê (jabá, para os íntimos) é um termo usado no jornalismo (que, por sua vez, vem da indústria fonográfica) para designar uma espécie de suborno mimo recebido pelo repórter – ou por quem quer que seja. Pois esse ano, os indicados ao Oscar de melhor ator/ atriz/ ator coadjuvante/ atriz coadjuvante/ diretor vão receber um bolsa de presentes contendo:
- um ano de aluguel de um Audi A4 (US$ 20.000);
- um passeio de trem (de luxo) pelas Montanhas Rochosas do Canadá (US$ 14.500);
- um vale em maquiagem da Reset Yourself (US$ 14.200);
- uma viagem “glamping”, ou seja, para um camping glamoroso (US$ 12.500);
- três noites de estadia em um resort na Toscana (US$ 1.500);
- sais marinhos naturais do mediterrâneo francês (US$ 1.500);
- um “vale” da loja de cosméticos Wellness 360 (US$ 1.200);
- um “vale” doces e sobremesa (US$ 800)
- um vaporizador (?) Haze (US$ 250);
- um vibrador Afterglow – é sério! (US$ 250);
- um colar de prata personalizado com as coordenadas de latitude e longitude do Teatro Dolby, onde a cerimônia acontece (US$ 150,00 – esse é baratinho);
E o item mais valioso da lista, segundo a empresa que monta a bolsa (chamada Distinctive Assets):
- um encontro com a fundadora da Enigma Life, Olessia Kantor, para “conversar sobre o horóscopo de 2015, fazendo a análise dos sonhos de cada indicado, além de ensiná-los técnicas de controle da mente” (não tem preço US$ 20.000).
E tem muito muito mais. O valor total de mimos supera os US$ 125 mil dólares, segundo revelou a repórter da revista Variety, Marianne Zumberge. Ela deixa claro que essas sacolas de presentes não contam com o endosso da Academia. Pelo contrário. Em 2006, os votantes proibiram esse tipo de prática oficialmente, ok?