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    "Não ficaria surpreso se o proibissem em 3 a 5 anos": É um dos maiores sucessos de bilheteria do ano, mas há quem acredite que está em perigo
    Bruno Botelho dos Santos
    Bruno Botelho dos Santos
    -Redator | crítico
    Bruno é redator e crítico do AdoroCinema, que divide seu tempo na cultura pop entre tomar susto com os mais diversos filmes de terror, assistir os clássicos do cinema ou os grandes blockbusters e enaltecer o trabalho de David Lynch e Stanley Kubrick.

    O vencedor do Oscar Adam McKay criticou os Estados Unidos e não poupou elogios para um dos maiores sucessos do ano.

    "Em termos de narrativa, Wicked está entre os filmes mais radicais já feitos por grandes estúdios de Hollywood". Essas foram as impressões do diretor Adam McKay através de sua conta X (antigo Twitter) sobre um dos maiores sucessos do ano. "É abertamente sobre radicalização diante do carreirismo, do fascismo e da propaganda".

    Wicked
    Wicked
    Data de lançamento 21 de novembro de 2024 | 2h 40min
    Criador(es): Jon M. Chu
    Com Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jonathan Bailey
    Usuários
    4,0
    Adorocinema
    4,5
    Ver sessões (48)

    McKay é conhecido por criticar especialmente o governo dos Estados Unidos em seus filmes. Isso acontece em A Grande Aposta, onde retrata os bancos e seu papel na grande crise de 2008; Vice, sobre a carreira política de Dick Cheney; ou Não Olhe Para Cima, uma sátira poderosa sobre o perigo das mudanças climáticas. Ele é especialmente ativo nas redes sociais e compartilhou sua visão sobre o filme de Jon M. Chu.

    O que chama a atenção de McKay é que Wicked foi lançado num momento que "os Estados Unidos nunca foram tão direitistas e propagandistas". A história original, claro, tem alguns anos, mas ele fala sobre um filme que arrecadou quase US$ 600 milhões e seu possível futuro sob a administração Trump. "Se os Estados Unidos continuarem nesse caminho, não ficaria surpreso em ver o filme proibido em 3 a 5 anos", responde um usuário.

    Para ele, Wicked é comparável, em termos de ideologia de "filme de grande estúdio", a A Ponte do Rio Kwai, A Noviça Rebelde, Rastros de Ódio, Cidadão Kane e Jogos Vorazes.

    O curioso é que Wicked já foi banido (ou quase) dos cinemas. Especificamente, no Kuwait, onde as autoridades preferiram retirá-lo dos cinemas devido ao seu possível conteúdo LGBTQ+. Eles garantiram que era algo temporário e que precisavam confirmar antes de dar luz verde. No final das contas, o filme acabou sendo realmente lançado.

    É por detalhes como esse que Adam McKay acredita que, se nossa sociedade continuar no caminho mais conservador, produções como a estrelada por Ariana Grande e Cynthia Erivo estarão em perigo. O prelúdio da lendária aventura de fantasia O Mágico de Oz arrecadou US$ 586,3 milhões até o momento e está entre os favoritos ao Oscar. Lembrando que Wicked: Parte Dois chega aos cinemas em novembro de 2025

    *Conteúdo global AdoroCinema

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