Tom Hanks revelou que nunca esteve minimamente envolvido em conversas com Kevin Feige para ingressar no Universo Cinematográfico Marvel, ou com James Gunn em relação ao Universo Estendido DC. De qualquer forma, o ator acredita que tais histórias já não são mais tão cativantes para o público.
Em entrevista recente ao podcast Happy Sad Confused, o ator afirmou que tem percebido o movimento diferente do público em relação a histórias de super-heróis, cuja audiência parece estar se afastando do espetáculo de efeitos visuais e focando em narrativas mais genuínas.
"A indústria costuma dizer que se isso funcionar, funcionará novamente. Mas o público está muito à frente disso. Eles veem o familiar e dizem: 'Eu já vi isso. O que vem a seguir?' e não é só algo que chama a atenção. É, tipo: 'Qual é a história?'. Parece que estamos em um novo território sobre isso a cada ano."
O ator de Forrest Gump — O Contador de Histórias continuou, dizendo que, antes, os filmes de heróis eram menos espetaculares do que são hoje: "Lembra que nas décadas de 1970 e 1980 eles tentaram fazer uma versão para TV do Capitão América e do Homem-Aranha? Até mesmo o Batman, o de Adam West. A tecnologia não existia para fazer com que parecesse com os quadrinhos e agora parece".
"Agora estamos aproveitando o luxo das riquezas e, como você pode fazer qualquer coisa acontecer na tela agora, estamos sendo trazidos de volta ao conceito de: 'OK, isso é verdade, mas qual é a história?'", disse Tom Hanks. "Você pode sonhar com o Lago Michigan e enchê-lo de relógios cuco que formam um dragão de três cabeças que cospe fogo e destrói Chicago. Você pode fazer isso. Mas com que propósito? Qual é a história e o que ela vai dizer sobre nós?"
"Foi um papel tão ruim": Tom Hanks sobre o filme de terror com o qual iniciou sua carreira há 44 anosSegundo o ator, ele mesmo já foi fã de histórias baseadas em quadrinhos adaptadas para a tela grande, mas, agora, tudo isso parece uma ideia parada no tempo.
"Houve um período de tempo, e eu também me sentia assim, em que víamos filmes da DC e do MCU para ver essas versões melhores de nós mesmos. Deus, às vezes me sinto como um X-Men. Estou tão confuso quanto o Homem-Aranha. Estou tão bravo quanto o Batman. Amo meu país tanto quanto o Capitão América. Já passamos por isso. Tivemos 20 anos para explorar esse tipo de coisa, e agora estamos em uma evolução e um lugar onde é: E a história é o quê? O tema é o quê? O objetivo deste filme é o quê?", concluiu ele.
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