Megalópolis é, sem sombra de dúvidas, um dos filmes mais esperados deste século. Embora muita gente desconheça a sua existência, foram mais de 40 anos até que o projeto visse a luz do dia. Dirigido por Francis Ford Coppola, cineasta responsável por clássicos como O Poderoso Chefão e Apocalypse Now, o longa não está nem um pouco longe do campo polêmico da indústria cinematográfica.
Previsto para chegar aos cinemas brasileiros ainda neste ano, o filme conta uma fábula romana épica ambientada em uma América moderna imaginada, na qual César Catilina (Adam Driver), um artista genial que busca saltar em direção a um futuro utópico e idealista, e seu oponente, o prefeito Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), se enfrentam.
Esta ficção científica nem estreou e já está se tornando um pesadelo: Trailer polêmico e pedido de desculpas de estúdioMuito além do seu fator artístico, o projeto tem sido pauta de declarações polêmicas e problemas de bastidores. Com direito a um trailer polêmico com impressões falsas e declarações inquietantes do realizador, Megalópolis é uma espécie de filme-evento com todos os componentes que o cercam, da suposta narrativa disruptiva às questões que chegam à imprensa.
Agora, um novo fato se reúne às demais controvérsias: Coppola demitiu toda a equipe de efeitos visuais. De acordo com o diretor, as demissões foram feitas após conflitos baseados em diferenças criativas e incapacidade de chegar a um acordo satisfatório.
Após contratar Beth Mickle, que tem "uma carreira dupla" com filmes da Marvel e projetos independentes, o realizador chegou a um impasse. Antes de aceitar o trabalho, a designer de produção trabalhou com longas como Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe, Guardiões da Galáxia Vol. 3, Drive e O Esquadrão Suicida.
"Megalópolis tinha uma grande necessidade de departamento de arte porque você tem que mostrar o mundo do futuro", explicou o cineasta à Empire. "No final das contas, Beth e eu realmente não compartilhávamos da mesma visão. Nós [mais tarde] discordamos a tal ponto que foi decidido que a melhor coisa seria se eu contratasse um artista conceitual e criasse quadros que mostrassem o que eu queria, o que eu fiz."
"É a coisa mais maluca que já vi": Essa ficção científica demorou 40 anos para ser produzida e está dividindo opiniõesEle continua: "O departamento de arte ficou frustrado porque eles sentiram que eu estava evoluindo a aparência da imagem independentemente deles. Eles queriam cenários e imagens gigantes. Eu queria que outros elementos como figurinos e efeitos práticos fizessem parte do trabalho e não que tudo fosse centrado no departamento de arte. Então, houve discordância nesse sentido."
Com investimento do próprio bolso, outro fator decisivo foi o orçamento do longa. Com a ideia de tornar o filme menos caro, algo que na época já ultrapassava 148 milhões de dólares, Coppola decidiu demitir um dos cinco diretores de arte. Quando tomou a decisão, o grupo disse que se um deles fosse mandado para a rua, todos sairiam juntos.
"Queria que o departamento de arte fosse menor, e eles não queriam que fosse", completou. "Eu disse: 'Vamos encarar, eu sou o único que sabe o que o diretor tem em mente. Não me importa o que vocês pensem.' Além disso, eu não sou apenas o diretor - eu também estava investindo dinheiro. Então, ser informado de que eu tinha que ter um departamento de arte enorme que eu não queria era absurdo para mim."
Com distribuição da O2 Play, Megalópolis estreia em 31 de outubro no Brasil.
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