Michael Bay rapidamente se tornou um dos queridinhos de Hollywood graças aos grandes sucessos de títulos como Os Bad Boys, A Rocha e Armageddon, mas chegou um ponto em que sua carreira começou a dar sinais de declínio. Pearl Harbor funcionou bem, mas não foi o sucesso esperado, e Bad Boys 2 também não foi mal nas bilheterias. Mas foi mais tarde que o diretor sofreu o primeiro fracasso real de toda a sua carreira.
Esse revés veio com A Ilha, filme que, a priori, tinha tudo para estourar nas bilheterias, desde uma dupla de protagonistas jovens e promissores formada por Ewan McGregor e Scarlett Johansson até uma história atraente que lembrava vários clássicos de ficção científica lançados na década de 1970.
Entretanto, o filme lançado em 2005 foi um fracasso de bilheteria: custou 126 milhões de dólares e arrecadou apenas 162 milhões. Além disso, devemos somar o fato de que os produtores do filme indie Parts: The Clonus Horror, de 1979, entraram com uma denúncia por plágio e a Dreamworks teve que pagar milhões de dólares para que o caso não fosse a julgamento.
Duas metades muito diferentes
O filme conta a história de Lincoln Six-Echo (McGregor) e Jordan Two-Delta (Johansson), que vivem em uma estranha colônia isolada da sociedade. Lá, o maior sonho de todos é ser chamado para a Ilha, única área do planeta que conseguiu sobreviver a um desastre ecológico. Claro que a realidade acaba sendo bem diferente do que eles esperavam.
A Ilha é um filme com duas metades bem diferentes. Os primeiros 45 minutos optam por uma abordagem mais leve e focada nos personagens, propondo uma parábola de ficção científica que o convida a esperar pelo que vem a seguir. Porém, a escolha de Bay não é acidental, já que opta então por um espetáculo de ação que minimiza todos os outros elementos em favor de um ritmo frenético e pouco menos do que uma apologia à destruição.
Isso foi algo muito comentado na época de seu lançamento devido às diferenças gritantes entre as duas partes, com Bay sendo criticado por fazer mais do mesmo sempre que tinha a chance. Em resumo, A Ilha está longe de ser um dos melhores trabalhos do cineasta, mas é um bom entretenimento para assistir numa sexta-feira à noite.
O filme está disponível atualmente na Max.
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