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    A ficção científica espalha corpos pelo espaço há anos mas a realidade seria muito pior
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Ficar vagando pelo cosmos seria um processo ainda mais assustador do que o mostrado nos filmes.

    Não é novidade que a ficção científica possui um cantinho em seu coração para os filmes espaciais. Ao longo dos anos, obras como Star Wars, 2001 - Uma Odisséia no Espaço, Gravidade, Interestelar, Perdido em Marte e mais colocaram a raça humana na posição de desbravar as fronteiras além-Terra; uma temática que costuma carregar algumas informações cientificamente verdadeiras e outras nem tanto.

    Para se ter ideia, na vida real, um total de 21 pessoas morreram no espaço. Nigel Packham, diretor associado de segurança da NASA, revelou o número durante uma entrevista do ano passado para o site Live Science, apontando, também, que há um lado sombrio desses óbitos não mostrado pelas produções hollywoodianas.

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    O QUE ACONTECERIA SE VOCÊ FICASSE PERDIDO PELO ESPAÇO?

    Warner Bros.
    Sandra Bullock em Gravidade.

    Em primeiro lugar, o vácuo espacial faria com que todos os líquidos com acesso direto à superfície da pele evaporassem. A pele, os olhos, a boca, os ouvidos e os pulmões secariam imediatamente, e a pressão gerada pelo sangue nas veias poderia acabar fazendo com que elas também estourassem. Depois disso, o líquido restante do corpo que não encontrou uma rota rápida para passar para o estado gasoso congelaria devido aos 270 graus negativos, causando um estado de mumificação que preservaria o resto do corpo.

    A partir daí, tudo depende do destino do cadáver na sua viagem pelo espaço. Se ele permanecesse na órbita de um planeta como a Terra, colidiria constantemente com detritos espaciais e acabaria entrando na atmosfera, queimando no caminho até o solo.

    Por outro lado, se ficasse vagando pelo espaço e houvesse calor suficiente para as bactérias viverem (sim, elas podem durar até três anos no vácuo do espaço se as condições forem ideais), elas acabariam se alimentando dos tecidos mortos - tudo isso enquanto a radiação espacial começa a quebrar as ligações de carbono, acelerando o processo de degradação.

    Uma possibilidade mais remota, mas não completamente impossível, seria de seu corpo ser encontrado por um alienígena de passagem e sofrer um processo de reconstrução por uma forma de ciência ainda não conhecida por nós - um enredo que provavelmente já foi desenvolvido em algum filme por aí.

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