Mesmo os espectadores regulares podem se surpreender com o fato de O Soldado que Não Existiu ter sido exibido na tela grande em maio de 2022. Porque embora estrelas como o vencedor do Oscar Colin Firth (O Discurso do Rei) e Matthew Macfadyen, conhecido por Succession e Orgulho e Preconceito, estivessem presentes, o estiloso suspense de guerra de John Madden (Shakespeare Apaixonado) provavelmente não ficou conhecido. Porém, atualmente, está disponível na Netflix aquele que foi provavelmente o maior golpe de espionagem da Segunda Guerra Mundial.
"Me senti mal escalado": O ator que foi brilhante neste amado romance de época, mas não se achava charmoso o suficienteÉ disto que se trata O Soldado que Não Existiu
O ano é 1943: os Aliados querem retomar a Europa continental dos nazistas. O ponto de partida deveria ser a Sicília. Mas, para poder desembarcar ali com sucesso as suas próprias tropas, seria uma vantagem se os alemães deslocassem antecipadamente grande parte das unidades estacionadas. Isso significa que os generais alemães teriam de ser levados a acreditar que os Aliados não estavam dispostos a atacar a Sicília.
O tenente Charles Cholmondeley (Macfadyen) já tem uma ideia: um homem morto com falsos planos de guerra que apontam para uma invasão longe da Sicília deve ser lançado sobre a França. Se os alemães encontrassem o corpo, acreditariam que só obtiveram posse dos documentos confidenciais por acaso. Mas a proposta é inicialmente rejeitada. Até alguns meses depois, o oficial de inteligência da Marinha Ewen Montagu (Firth) e sua equipe decidem implementá-lo.
De olho nos detalhes
See-Saw Films
O grande ponto forte da direção de John Madden é envolver o público na complexa organização do engano e concentrar a atenção principal no significado de detalhes realmente triviais. Sempre que tudo tem que ser meticulosamente estruturado, mesmo que as chances de sucesso - também por toda a imprevisibilidade que você simplesmente não consegue calcular - sejam na verdade sempre próximas de zero, O Soldado que Não Existiu pode definitivamente ser cativante.
Além de uma série de momentos realmente emocionantes, o longa também apresenta alguns problemas. Há uma voz estranha de Johnny Flynn (que interpreta o criador de Bond, Ian Fleming, que estava lá na época), bem como um triângulo amoroso supérfluo entre Firth, Macfadyen e Kelly Macdonald (Boardwalk Empire), que pode ser vista no papel de Jean Leslie.
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