Em 2004, em uma época em que os super-heróis ainda não haviam deixado sua marca nos cinemas, foi lançado um longa-metragem dedicado a uma das mais famosas antagonistas do Batman: a felina Mulher-Gato.
Interpretada por Michelle Pfeiffer no filme de Tim Burton, a heroína mascarada e vestida de couro recebeu desta vez as honras de uma história de origem, dirigida pelo cineasta francês Pitof e estrelada por Halle Berry. Já bem conhecida no mundo dos super-heróis por ter interpretado a carismática Tempestade em X-Men, a atriz aceitou o projeto contra o conselho de sua equipe.
Nota 1,3 de 5
Na história de origem, ela vive a designer de publicidade Patience Philips, que foi friamente assassinada por seus chefes no dia em que descobriu a verdade sobre um novo produto cosmético que era muito mais perigoso do que se pensava. Trazida de volta à vida por um gato egípcio, ela desenvolveu habilidades físicas extraordinárias. Agora dotada de força sobre-humana e agilidade incrível, ela decidiu se vingar.
Um fracasso comercial quando foi lançado, Mulher-Gato foi amplamente criticado pelos cinéfilos, que lhe deram uma classificação catastrófica de 1,3 de 5 estrelas no site francês AlloCiné - no AdoroCinema não fica muito longe disso, com uma média 2,2 segundo os espectadores brasileiros - tornando-o um dos piores filmes de super-heróis já feitos. Duas décadas depois, quando questionada pela Entertainment Weekly, Halle Berry confidenciou que nunca achou o argumento da Mulher-Gato muito convincente.
"Todos os outros super-heróis estão salvando o mundo"
"Sempre achei que a ideia da Mulher-Gato salvando as mulheres de um creme facial era um pouco frágil", contou ela, explicando que não tinha muita influência sobre o assunto.
"Todos os outros super-heróis estão salvando o mundo, eles não estão apenas salvando as mulheres de ficarem com o rosto machucado. Eu sempre soube que essa era uma situação leve para uma super-heroína, mas naquele momento da minha carreira eu não tinha o poder de ação que tenho hoje, ou a convicção de que poderia ir contra isso, então eu aceitei".
Falando também à Entertainment Weekly, Halle Berry disse que a recepção morna dos fãs não foi fácil para ela, mas que, mesmo assim, optou por manter a cabeça erguida e até mesmo levou isso na esportiva, aparecendo no palco do Razzie Awards para receber o prêmio de Pior Atriz do Ano:
"Eu continuei"
"Não gostei das críticas dos fãs. Como uma mulher negra, estou acostumada a carregar a negatividade nas costas, a lutar, a ser um peixe nadando contra a corrente", acrescentou.
"Estou acostumada a desafiar estereótipos e a sair de qualquer situação. Não quis parecer irreverente, mas fui buscar aquele Razzie, com autodepreciação, e continuei. Isso não me atrapalhou, porque tenho lutado como mulher negra durante toda a minha vida. Um pouco de publicidade ruim em um filme? Eu não adorei, mas isso não iria parar meu mundo ou me distrair do que eu amava fazer".
Lembre-se de que dois anos antes de receber o Razzie, Halle Berry ganhou o Oscar de Melhor Atriz por seu papel no drama A Última Ceia.
*Conteúdo Global do AdoroCinema
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