Blade Runner - O Caçador de Andróides (1982), de Ridley Scott, é considerado um dos maiores clássicos do cinema, mas nem sempre foi assim. O filme foi um fracasso de bilheteria e não foi tão bem recebido pela crítica no lançamento, mas com o tempo se tornou um filme cult e celebrado como uma das maiores ficções científicas da história.
Mas você sabia que Blade Runner teve SETE versões diferentes desde seu lançamento? Isso mesmo, a ficção científica passou por mudanças desde teste de audiência até o corte final que Ridley Scott só conseguiu lançar em 2007, 25 anos após a estreia do filme.
Sete versões de Blade Runner: Corte final de Ridley Scott só foi lançado em 2007
A primeira versão de Blade Runner, conhecida como "Workprint prototype", foi exibida como teste de público em março de 1982, com uma recepção negativa. Isso levou o estúdio a fazer modificações que vimos no lançamento da versão original nos cinemas dos Estados Unidos em 1982, incluindo um final mais feliz e narração de Harrison Ford – modificações que desagradavam Ridley Scott, que ainda não tinha o corte final.
Outras versões diferentes de Blade Runner foram vistas até os anos 90, tanto para lançamento internacional quanto para televisão, mas o "Workprint prototype" foi exibido novamente em 1990 e 1991 mesmo sem a aprovação de Ridley Scott. Como essa versão teve uma recepção positiva, Scott finalmente pôde lançar sua versão do diretor em 1992.
Talvez o melhor filme de ficção científica de todos os tempos: O novo final muda toda a história"The Director's Cut" tinha várias mudanças em relação à versão lançada originalmente nos cinemas, já que Ridley Scott cortou a narração e o final, acrescentando uma sequência de sonho sugerindo que Rick Deckard seria androide. Mas o diretor nunca estave totalmente satisfeito com essa versão, pois ele não tinha controle artístico completo sobre ela.
Isso resultou na versão definitiva de Blade Runner, conhecida como "Final Cut" de 2007, onde Ridley Scott teve a oportunidade de lançar o filme como sempre quis.
"A versão do diretor em 1992 foi na verdade a remoção da narração e do final", explicou Ridley Scott à Wired sobre o corte final. "Mas em termos de dados, honestamente, não foi uma transição muito bem elaborada para o disco. Estava representado em um disco, e o disco não era muito bom. Tecnicamente, não parecia tão bom. E deve parecer ótimo, porque Blade Runner, na época, era bastante formidável – é bastante formidável até agora, na verdade".
"Muitas pessoas nem percebem a diferença se estão assistindo algo lindamente técnico ou não. Mas é importante para mim. Então isso sempre atrapalhou a versão final", ressalta o diretor. "Acho que é definitivo porque fiz todos os ajustes – remoção da narração, arrumação de uma ou duas áreas visuais – que não pudemos fazer corretamente no momento porque não tínhamos a tecnologia. E tirando aquele final bobo, certo? Tentei algumas coisas, mais uma vez, porque às vezes, 25 anos depois, você pensa: 'Deixe-me ver aquelas cenas que foram removidas'. E ainda havia um bom motivo para as cenas não estarem no filme".
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