A vingança é um prato que se come frio. Bônus se essa frieza estiver em contraste mortal com o calor escaldante do oeste americano e sua pradaria desolada. Bônus extras quando dois grandes oponentes se enfrentam – que não poderiam ter sido escalados de forma mais perfeita e expressam plenamente seu talento de atuação.
Raramente se pensa em um dinamarquês e um sueco em um faroeste. Mas lá estão eles, de armas na mão: Mads Mikkelsen, um dos atores mais fascinantes de nosso tempo, e Mikael Persbrandt, de olhos azuis e de personalidade forte. Seu oponente: Jeffrey Dean Morgan em toda a sua repugnância, muito antes de assumir o papel de Negan em The Walking Dead.
O resultado? O faroeste de vingança A Salvação, lançado em 2014.
Em A Salvação, Mads Mikkelsen perde tudo e busca uma vingança sangrenta
Concorde Filmverleih GmbH / Joe Alblas
A vastidão da pradaria. O sol ardendo impiedosamente. Apenas uma pequena cidade, que mal merece esse nome, está ao seu alcance. Essa paisagem aparentemente desolada se tornou o novo lar de Jon (Mads Mikkelsen) e seu irmão Peter (Mikael Persbrandt). Porque tudo abriga mais esperança do que seu antigo lar na Dinamarca após a guerra, onde serviram como soldados.
Após anos de espera, a família de Jon finalmente chega aos EUA. Mas quando tudo finalmente parece estar indo bem, ocorre um encontro fatídico e Jon perde tudo. Sem hesitar, ele mata os responsáveis. O que ele não percebe é que o homem que ele acabou de matar deixa para trás uma esposa (Eva Green) e um irmão, o líder da gangue local, Delarue (Jeffrey Dean Morgan).
Concorde Filmverleih GmbH / Joe Alblas
Delarue vem chantageando a cidade por dinheiro de proteção há anos. Ele é um adversário poderoso e vingativo que agora está caçando Jon. A cidade inteira se volta contra ele e seu irmão, em desespero. Agora, além de fugir, os dois precisam virar o jogo e se tornar caçadores em vez de caçados.
A Salvação é uma ação de vingança com imagens de tirar o fôlego e um elenco brilhante
O Velho Oeste é um lugar sem lei, sem coração ou misericórdia, que primeiro promete esperança em sua beleza selvagem, apenas para tirá-la novamente com uma frieza gelada. A Salvação ilustra esse princípio em cada plano e em cada cena. O Oeste de Kristian Levring é de tirar o fôlego, com uma encenação belíssima, mas infinitamente sem coração. O sangue encharca a areia, que você quase pode sentir esmagando entre seus dentes.
Tudo aqui conhece apenas a lei do matar ou morrer. Com Mads Mikkelsen e Jeffrey Dean Morgan, a escolha dos antagonistas recaiu sobre dois atores que não poderiam ter sido escolhidos de forma mais perfeita. Por um lado, o carisma áspero e o tumulto emocional de Mikkelsen nos atraem incondicionalmente para o seu lado. Por outro lado, Jeffrey Dean Morgan provou, muito antes de seu papel como Negan, o quanto ele pode ser detestável.
Eva Green também brilha como o silencioso anjo vingador e Persbrandt como o irmão leal que está preparado para fazer qualquer coisa. O filme avança impiedosamente, sempre com um objetivo em mente: a vingança. Vingança por meio de uma bala destinada a Delarue. Vingança por uma comunidade maltratada, uma família morta e existências perdidas. Novamente: o Velho Oeste é um lugar sem lei, sem coração ou misericórdia.
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