Em 1902, Georges Méliès lançou a joia de ficção científica Viagem à Lua. Nas décadas que se seguiram, o gênero assumiu formas cada vez mais épicas - podemos citar Metrópolis, 2001 - Uma Odisseia no Espaço e, claro, a primeira trilogia Star Wars. Mas quando se trata do filme de ficção científica mais longo de todos os tempos, um supera todos: Até o Fim do Mundo, do diretor alemão Wim Wenders.
Na trama, a jovem Claire Tourneur (Solveig Dommartin) conhece o misterioso Sam Farber (William Hurt), que viaja pelo mundo com uma câmera especial para registrar as diversas fases da vida de sua mãe cega, Edith (Jeanne Moreau), e projetar as imagens em seu cérebro em um laboratório secreto.
A primeira versão do filme teve incríveis 20 horas de duração, que, com o acordo contratual de entrega do longa-metragem, foram reduzidas para aproximadamente duas horas e meia.
Um fracasso ambicioso
No fim das contas, Wenders teve, a contragosto, que concordar em cortar o filme: aos telespectadores norte-americanos foi mostrada uma versão de 158 minutos, enquanto o público europeu ainda pôde ver 179 minutos de Até o Fim do Mundo. Mas, embora os críticos estivessem fascinados pelo “gigantesco filme de viagem, aventura, ficção científica, música e amor” (Lexicon of International Films), a produção se tornou um fracasso ambicioso, gerando apenas 752 mil dólares nas bilheterias.
Mas Wenders ainda tinha um curinga na mão: ele mesmo decidiu fazer um corte de "versão do diretor" a partir dos negativos da versão original, que acabou alcançando cerca de 287 minutos - quase cinco horas - de duração.
*Tradução de site parceiro do AdoroCinema
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