Há filmes que acabam se tornando clássicos adorados a ponto de esquecermos que não foram bem recebidos na época. Uma combinação de críticas duras e fracasso comercial do tipo que abala a mente de alguns dos responsáveis.
Infelizmente, esse foi o caso de O Último Grande Herói, um dos melhores filmes da carreira de Arnold Schwarzenegger. Um trabalho sensacional de ação e fantasia dirigido por John McTiernan, com quem já havia feito Predador. Um trabalho poderoso que mantém seu charme e diversão, e que está disponível para aluguel ou compra digital nas plataformas Amazon, Apple TV e Google Play.
Danny Madigan, de dez anos, vive em uma Nova York dominada pelo crime com sua mãe viúva, Irene. Após a morte de seu pai, Danny se consola assistindo a filmes de ação, especialmente uma série estrelada pelo policial Jack Slater, no cinema decadente de Nick, que também é o projecionista. Nick dá a Danny um ingresso de cinema mágico, para conferir Jack Slater IV antes do lançamento oficial.
Durante o filme, Danny é transportado para o mundo fictício do filme, interrompendo Slater durante uma perseguição de carro. Após o choque inicial, o jovem finalmente tem a chance de escapar de sua realidade deprimente e explorar sua paixão e conhecimento por filmes de ação.
O roteiro foi criado como uma paródia pura dos filmes de ação mais explosivos e cheios de testosterona, inadequados para jovens como o protagonista que, como ele, estão procurando maneiras de entrar sorrateiramente para assisti-los. A chegada do roteirista Shane Black, acrescentou uma camada extra, trazendo em parte uma celebração desse tipo de filme e também uma tentativa de mostrar o que está além da magia do cinema.
Os críticos não entenderam a proposta, achando que os responsáveis pela criação desse tipo de cinema hipermasculino de grande orçamento não tinham o direito de rir dele. Mas é exatamente essa disposição de admitir seus problemas por meio do exagero e do humor maluco que torna O Último Grande Herói um filme poderoso e à frente de seu tempo.
Hoje temos vários exemplos de filmes com esse componente metacinematrográfico, desde os filmes Pânico até os recentes blockbusters que comentam sobre o tipo de cinema que estão fazendo. Todos eles devem algo a esse fracasso injusto de Arnold e companhia, que o tempo preservou como um grande tesouro.
*Tradução de site parceiro do AdoroCinema
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