Eles foram inventados como uma paródia absurda e dura de Demolidor e, contrariamente, superaram as expectativas de heróis de quadrinhos de nicho a um fenômeno da cultura pop de décadas: as tartarugas mutantes lutadoras Michelangelo, Leonardo, Raphael e Donatello são igualmente difíceis de imaginar nas prateleiras e lojas de quadrinhos do mundo sem que estejam fora delas o cosmos do cinema e da televisão.
Já foram criadas quatro séries animadas e uma série de filmes live-action sobre os répteis verdes amantes de pizza, que fizeram sua sétima aparição no cinema em 2023. Financeiramente, teve um desempenho abaixo das expectativas, com receitas de pouco mais de 180 milhões de dólares em todo o mundo, mas é um visual deslumbrante e uma célebre reinvenção de seus heróis. As Tartarugas Ninja: Caos Mutante está disponível no catálogo do Paramount+.
Infelizmente esnobado no Oscar 2024, As Tartarugas Ninja: Caos Mutante garantiu impressionantes 95 por cento no site agregador de críticas Rotten Tomatoes e 4,5 de 5 estrelas do AdoroCinema.
Série de As Tartarugas Ninja: Caos Mutante chegará mais cedo do que esperado, mas com diferença crucial do material de origemIsto é As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
As tartarugas mutantes Leonardo, Donatello, Michelangelo e Raphael (vozes originais de Nicolas Cantu, Micah Abbey, Shamon Brown Jr., Brady Noon) vivem nos esgotos de Nova York. Mas apesar de todos os avisos de seu mestre Splinter (Jackie Chan), eles desejam se tornar parte da população da superfície.
Quando conhecem a jornalista escolar April O'Neil (Ayo Edebiri), eles traçam um plano: ajudam April a minar o sindicato do crime liderado pelo principal vilão Superfly (Ice Cube). Para compensar, ela faz promoções pró-mutantes que deveriam proteger as Tartarugas do preconceito das “pessoas normais”. No entanto, ambos são mais fáceis de falar do que fazer.
Paramount Pictures
O roteiro do filme vem de Dan Hernandez, Benji Samit, Jeff Rowe, bem como Seth Rogen e seu parceiro de redação, Evan Goldberg. Foi Rogen, que afirma ser um fã de longa data das Tartarugas Ninja, que foi fundamental para retratar o quarteto de irmãos como jovens adolescentes. Ele sempre ficava surpreso com o quão pouco da existência adolescente de Michelangelo, Leonardo, Rafael e Donatello se refletia na maioria das interpretações.
Através da representação mais jovem dos heróis, As Tartarugas Ninja: Caos Mutante encontra um foco novo e emocional: este filme de animação é mais sobre como encontrar a identidade do que o normal com as Tartarugas, a questão de saber se você tem um lugar neste mundo e aquela construção gradual de autoconfiança.
A direção foi assumida pelo já mencionado Jeff Rowe, que trabalhou como escritor na série animada da Disney, Gravity Falls: Um Verão de Mistérios e foi codiretor do divertido, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas. Este último já misturava técnicas clássicas de animação por computador com influências de outras mídias de animação e em Caos Mutante, Rowe leva esse dispositivo estilístico ao topo.
As tartarugas parecem um pouco com figuras de plasticina, o mundo que as rodeia combina elementos estilísticos da pintura acrílica com rabiscos a lápis coloridos - embora o efeito de profundidade espacial da animação detalhada por computador permaneça.
Em combinação com a intensa coragem para a feiura que vem à tona no design dos personagens, o crítico do AdoroCinema, Diego Souza Carlos atesta ao filme que “como uma sequência de artes conceituais animadas na tela, essa energia caótica dos personagens e deste mundo se traduz no estilo de animação. Enfim, existe uma sinergia perfeita entre linguagem e narrativa”.
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