Lançado em 1978, A Cruz de Ferro é um filme de guerra imperdível. A única incursão no gênero feita pelo grande Sam Peckinpah (Meu Ódio Será Sua Herança, Sob o Domínio do Medo), mergulha os espectadores na frente russa em 1943.
O filme coloca um aristocrata alemão que fará de tudo para ganhar a Cruz de Ferro, até mesmo sacrificar seus próprios homens, contra um cabo cínico e experiente na batalha que defende seus homens e o que resta de sua humanidade.
Provavelmente um dos melhores filmes de guerra já feitos, esse Cruz de Ferro, com sua violência paroxística e realismo impressionante, foi muito difícil de ser dirigido. Sam Peckinpah é um dos mestres de Quentin Tarantino.
Financiamento insuficiente, um roteiro que teve de ser refeito várias vezes, problemas de comunicação com uma equipe cosmopolita... Nada foi fácil para essa adaptação do livro The Skin of Men, do escritor Willi Heinreich.
Especialmente porque, de acordo com o ator Vadim Glowna, Sam Peckinpah bebia quatro garrafas de vodca por dia e dormia menos de quatro horas por noite durante as filmagens...
Mesmo assim, o resultado foi impressionante. A Cruz de Ferro, um dos filmes de guerra favoritos do grande Orson Welles, é implacavelmente poderoso, violentamente antimilitarista, despojado de toda grandeza e heroísmo. Além disso, e era uma raridade na época, essa grande obra adota o ponto de vista do soldado alemão.
Por fim, uma das grandes qualidades de A Cruz de Ferro é o impressionante confronto entre os atores James Coburn e Maximilien Schell. Somente por suas atuações, esse clássico filme de guerra merece sua atenção.
A Cruz de Ferro está disponível no serviço de streaming Looke.
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