Você tem que ter ideias muito claras para fazer uma sequência de O Exorcista. O filme de William Friedkin comemora seu 50º aniversário este ano, tornando-se uma pedra angular do terror cinematográfico. Quem gostaria de ser exposto a comparações com esta obra-prima? Aparentemente, Jason Blum e David Gordon Green, que colocaram todos os seus esforços para lançar O Exorcista - O Devoto nos cinemas brasileiros em 12 de outubro.
A ideia de expandir o universo de O Exorcista já estava na cabeça de Blum há muito tempo, mas ele não ousou quebrar seu misticismo. Só depois que a nova edição do Halloween foi bem-sucedida é que ela foi seriamente considerada. “O original é provavelmente o filme de terror mais icônico que já existiu. Acho que nós dois, depois de fazer Halloween, ganhamos confiança para enfrentar algo tão transcendental”, disse Jason Blum em entrevista ao SensaCine.
A verdade é que a lenda iniciada por Friedkin já se fragmentou em outras ocasiões. O Exorcista II - O Herege foi lançado em 1977 com Linda Blair como protagonista, seguido por O Exorcista 3 em 1990. Depois, na década de 2000, duas prequelas foram lançadas: O Exorcista - O Início (2004) e uma versão descartada da primeira prequela com Paul Schrader no comando, que acabou obtendo avaliações melhores que o filme que foi lançado nos cinemas. Isso renderia um tópico separado.
O Exorcista tem 6 filmes: Veja a ordem cronológica e onde assistir a cada um antes de O DevotoO fato é que Blum e Green parecem ter levado o novo capítulo mais a sério e mergulhado nas raízes do que fez de O Exorcista um acontecimento cinematográfico.
É o Santo Graal dos filmes de terror e mudou a cara, não só do gênero, mas do cinema. Foi um sucesso de bilheteria em sua época, então como você interpreta o que isso significava para a cultura da época e tenta recriar algumas dessas ameaças?
Universal Pictures
“Muito do que conversamos foi sobre como torná-lo compreensível para um público que deseja um filme de terror contemporâneo, onde as técnicas e atributos mudaram significativamente, mas também chega à construção muito lenta do personagem do original, o que eu acho que tem muito valor. Trata-se de construir essas pontes e tentar misturar esses dois tipos de elementos muito diferentes em dois tipos de públicos muito diferentes”, continua ele.
Esta pesquisa os levou a estudar diferentes religiões e sua abordagem em relação às possessões. "A ideia de que múltiplas religiões podem ter uma perspectiva diferente sobre isto foi algo que sempre me interessou. Ter a beleza da conversa e às vezes o conflito de quando as perspectivas religiosa e médica entram no debate ao experimentar as entidades do desconhecido”, explica o diretor.
O Exorcista: O Devoto coloca novos desafios e propõe reflexões diferentes daquelas que assustaram o público em 1973, mas tem dois elementos-chave do original: a presença de Ellen Burstyn 50 anos depois e Linda Blair como conselheira para as jovens atrizes. Elas poderiam alcançar os lugares sombrios que o roteiro exigia.
“Ambos acreditamos que quando você estende uma franquia é importante ter a equipe original envolvida. Converse com eles sobre isso e tente envolvê-los”, diz Blum, “Eles conversaram com Ellen antes, mas não fizeram [o filme]. Ela se encontrou com David e acho que encontrou uma alma gêmea nele. Quando ela finalmente disse sim, foi muito emocionante para nós dois.
O Exorcista: O Devoto chega aos cinemas brasileiros em 12 de outubro de 2023.
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