O Exorcista - O Devoto, anunciado como uma sequência direta do filme cult de William Friedkin lançado em 1974, chega aos cinemas brasileiros no próximo 12 de outubro. Dirigido por David Gordon Green e produzido por Jason Blum - da recente trilogia Halloween - o filme já foi lançado nos Estados Unidos.
Victor Fielding (Leslie Odom Jr) está criando sua filha Angela (Lidya Jewett) sozinho. Um dia, Angela e sua amiga Katherine (Olivia O'Neill) desaparecem na floresta antes de reaparecerem 72 horas depois, sem nenhuma lembrança do que aconteceu com elas...
A partir daí, acontecimentos estranhos se sucedem e Victor deve enfrentar implacáveis forças do mal. Desesperado e aterrorizado, ele recorre à única pessoa ainda viva que já testemunhou tais fenômenos: Chris MacNeil (Ellen Burstyn).
Assim como o que a dupla fez com Halloween, O Exorcista: O Devoto é a primeira parte de uma trilogia. Green e Blum também conseguiram trazer de volta Ellen Burstyn e Linda Blair, as duas heroínas do longa original.
Anunciado pela primeira vez nos cinemas norte-americanos para o dia 13 de outubro, o filme de terror foi antecipado para 6 de outubro nos Estados Unidos, devido à transmissão nos cinemas do show de Taylor Swift: The Eras Tour.
As primeiras críticas da imprensa saíram. O que os jornalistas norte-americanos acharam deste filme de terror?
"Herdeiro Digno" ou "Exploração sem escrúpulos"?
Com 129 avaliações no Rotten Tomatoes no momento em que este artigo foi escrito, O Exorcista - O Devoto obteve 21% no Tomatometer.
Para Brian Lowry da CNN, o filme faz bastante sucesso. Este último escreve: "Entre o empurrão de Burstyn, pequenos toques como a incorporação arrepiante da música original e a misteriosa primeira metade, O Exorcista - O Devoto prova ser um herdeiro digno".
Para Richard Lawson, da Vanity Fair, as referências ao filme de William Friedkin são um pouco como roubo: "Devoto está em um diálogo torturado com o Exorcista original, tentando ampliar a visão daquele filme ao mesmo tempo que o homenageia com respeito."
Kyle Smith, do Wall Street Journal, esperava mais do diretor, acostumado com o gênero. "Reunir com sucesso momentos chocantes, nojentos e aterrorizantes contribui para um trabalho sólido para a maioria dos diretores de terror e, como O Exorcista: O Devoto consegue tudo isso, é bastante competente. Mas eu esperava mais do Sr. Green. "
"Uma mistura de velhos clichês"
Nick Schager, do Daily Beast, lamenta a forma como Ellen Burstyn é usada no filme. "O Exorcista: O Devoto usa Burstyn para garantir a credibilidade da continuidade, depois a trata com uma impressionante falta de respeito - a mais descarada de muitas pistas de que o filme é a exploração de uma marca bem estabelecida."
Outros jornalistas são muito mais severos. Como Rafael Guzman do Newsday para quem "O Exorcista corre o risco de ser saudado por um ronco profundo e regular." Para Katie Walsh, do Tribune News Service, “esse esforço barulhento nem merece sua atenção”.
Tim Roney, do The Telegraph, escreve: "É realmente embaraçoso ver quão pouca imaginação o elenco como um todo tem." Finalmente, para Justin Clark da Slant Magazine, “o filme é uma mistura de velhos clichês de terror indistinguíveis de qualquer filme do universo Invocação do Mal”.
Segundo a imprensa norte-americana, a única ligação entre O Exorcista - O Devoto e a obra-prima de William Friedkin está na presença das atrizes do filme original e no título. A julgar pelas críticas, parece que este filme teria se beneficiado por não estar associado ao longa de 1974.
O Hollywood Reporter revela que a Universal comprou os direitos da franquia por US$ 400 milhões. Isso significa que O Exorcista - O Devoto precisa ganhar dinheiro suficiente nas bilheterias para que a franquia de terror continue, com as duas sequências ainda a serem filmadas.
Especialistas do site Deadline previram que o filme arrecadaria US$ 30 milhões em seu primeiro fim de semana nos cinemas norte-americanos. Números quase alcançados, considerando que O Exorcista – O Devoto registrou US$ 27,2 milhões nas bilheterias.
Segundo eles, os fãs de filmes de terror tendem a não dar muita importância às críticas da imprensa, que raramente aprecia esse gênero cinematográfico.
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