Lançado em 1997, Gattaca está perto de completar 25 anos como um dos filmes que mais acertaram na previsão do futuro. O longa, disponível para aluguel no Amazon Prime Video, sempre aparece em listas das melhores obras de ficção científica do cinema, não à toa: os acertos são impressionantes. Nele, encontramos um mundo distópico em que os seres humanos são capazes de modificar geneticamente embriões para terem a melhor versão que dois seres poderiam conceber. Isto implica em pessoas sem tendências a problemas de saúde, fisicamente ao gosto dos pais, entre outras alterações.
Nosso protagonista, ao contrário da maioria dos outros personagens, é um bebê concebido naturalmente com uma série de contratempos genéticos, entre eles, 99% de chance de contrair doenças cardíacas. Isso significa que ele é totalmente limitado em uma sociedade praticamente perfeita e, além disso, rejeitado nos ambientes de trabalho, frustrando seu sonho de ir para o espaço. Porém, longe de desistir, Vincent (Ethan Hawke) luta contra todos os fatores que o condicionaram desde o momento do seu nascimento.
Em Gattaca, a ciência é usada para contextualizar uma história humana emocionante, que reflete muitas angústias atuais: temos um debate sobre o quão condicionados podemos ser pelos nossos genes. Nossa personalidade vem do DNA? As probabilidades deveriam nos limitar como seres humanos? Nesse sentido, é semelhante, por exemplo, à questão que Minority Report levantou ao encarcerar prisioneiros antes de cometeram um crime.
O protagonista Ethan Hawke foi acompanhado por outras estrelas como Uma Thurman e Jude Law, em atuações convincentes e emocionantes. A título de curiosidade, foi deste filme que surgiu o casamento entre Thurman e Hawke, pais da atriz Maya Hawke, de Stranger Things.
Vale lembrar ainda que, na década de 1990, parte da campanha de marketing do filme era fazer anúncios para as pessoas ligarem em busca de modificar geneticamente seus filhos - milhares de pessoas ligaram pensando que eram verdade. Nada poderia provar mais o ponto do filme do que sua própria propaganda.