Em 2000, O Auto da Compadecida chegava aos cinemas para se tornar um dos filmes brasileiros mais aclamados de todos os tempos. Com Matheus Nachtergaele e Selton Mello nos papéis inesquecíveis de João Grilo e Chicó, o longa ganhará continuação em breve – uma notícia que mexeu com o coração do público e, claro, com o elenco. Em entrevista ao AdoroCinema, Nachtergaele explica a decisão de voltar à história mais de 20 anos depois.
Mudaram muito! Como estão os atores de O Auto da Compadecida hoje? Veja antes e depois de João Grilo, Chicó e elenco“Espero que o público receba o carinho que estamos querendo devolver após anos de amor pelo Auto. Nosso desejo, quando topamos fazer O Auto da Compadecida 2, foi o de devolver para o Brasil o carinho, comemorar as bodas de prata do filme mais assistido do Brasil de maneira bonita e gloriosa”, explica o ator.
Marco do cinema nacional, O Auto da Compadecida tem seus personagens, cenários e diálogos lembrados até hoje e talvez seja uma das poucas obras que chegam perto da unanimidade entre o público brasileiro no que diz respeito a enxergar e reverenciar o valor do cinema produzido pelo país. Uma marca também reconhecida pelos atores: "Tentar lembrar para todos nós como era bom gostar da gente", pontua Matheus Nachtergaele.
Ainda sem data de lançamento confirmada, O Auto da Compadecida 2 já está em produção e a história acompanhará o reencontro entre Chicó e João Grilo após os acontecimentos inexplicáveis do primeiro filme. "Eu e Selton estamos bem emocionados. As filmagens começam essa semana. Escapei de lá para vir aqui", disse o ator. Na data da entrevista, Matheus estava no Festival de Gramado para a estreia de Mais Pesado é o Ceu, filme do diretor Petrus Cariry que estrela ao lado de Ana Luiza Rios.
Em Mais Pesado é o Céu, Antonio (Matheus Nachtergaele) encontra na estrada a jovem Teresa (Ana Luiza Rios) com um bebê nos braços. Os dois vieram de uma cidade que já não existe mais e acabam partindo juntos em uma jornada por caminhos inesperados.
Para o ator, Mais Pesado é o Céu é "um dos raros filmes em que o espectador tem espaço real para reflexão". Ele destaca ainda a cena final do longa como um dos momentos mais memoráveis de sua carreira. “A última cena do filme é uma das que vou escolher, no final da minha vida, para dizer que ator eu fui. Eu quero João Grilo com Nossa Senhora, Sandro Cenoura vendendo armas, Dunga chorando em Amarelo Manga e Antônio no final de Mais Pesado é o Céu”, pontuou o ator.