Poucas pessoas viveram uma odisseia maior para realizar uma visão extraordinária do que os responsáveis por Mad Max: Estrada da Fúria. O diretor George Miller começou a nutrir a ideia de um quarto filme da saga no final dos anos 1990, iniciando o processo de transformá-lo em realidade no século XXI.
Mas, apesar de seu desejo de contar essa história, o processo foi interrompido com muitos contratempos. O diretor insistiu, mas muitos de seus colaboradores tiveram a intuição de que o filme jamais seria feito. No livro "Blood, Sweat & Chrome: The Wild and True Story of Mad Max: Fury Road", o longo planejamento, que durou mais de uma década, é revelado. O cineasta passou por três estúdios de cinema diferentes, mas nunca conseguiu engatar o projeto.
Sua editora e esposa, Margaret Sixel, comentou que "ninguém mais achou que precisava ser feito". Outros membros da equipe estavam começando a se acostumar com a ideia de que o projeto nunca aconteceria: "As pessoas me perguntavam: 'Do que se trata?', e eu respondia: 'Não sei dizer, mas basicamente é o melhor filme que nunca vai ser lançado, porque é muito insano, é muito legal."
![Mad Max: Estrada da Fúria](https://br.web.img3.acsta.net/c_310_420/pictures/15/03/26/21/14/132057.jpg)
O longo processo de desenvolvimento, causado por vários atrasos, foi motivo de preocupação, mas também benéfico para refinar o que Mad Max: Estrada da Fúria poderia ser. O chefe de design de produção Colin Gibson não parava de pensar que, a qualquer momento, iriam chamá-lo para voar para a Austrália e começar a trabalhar. Então, ele não parava de polir detalhes de como os veículos passaram de "carros a personagens" ou sobre como criar estradas no meio das dunas de areia.
No final, tudo deu certo. Embora Miller diga que não tem certeza se foi melhor lançar este filme em 2000 ou 2015, muitos de seus colaboradores observam: “É um filme muito melhor do que teria sido se tivesse sido lançado antes”. E, de fato, estão certos, porque estamos falando de um dos melhores filmes de ação deste século.