Em 1994, Quentin Tarantino ainda era um diretor um tanto desconhecido e com muito a provar, mas o lançamento de Pulp Fiction definitivamente o colocou no mapa. Lançado no Festival de Cinema de Cannes, o longa-metragem logo ganhou contornos de obra-prima, condecorando o cineasta com o status de gênio da sétima arte.
A saga de Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) veio como um rolo compressor e se tornou uma peça chave na história do cinema. Trinta anos depois, no entanto, há uma pergunta relacionada ao filme que permanece no ar: afinal, o que há na misteriosa maleta de Marsellus Wallace (Ving Rhames)?
A GRANDE PERGUNTA SEM RESPOSTA
Ao lado da dança de Uma Thurman e Ezequiel 25:17, o elemento mais icônico de Pulp Fiction é o brilho dourado que vem de dentro da famosa maleta. A recuperação do objeto consolida o arco central que sustenta o enredo do longa-metragem, configurando também um dos grandes questionamentos da obra.
Nos bastidores, para fins de efeito prático, uma lâmpada amarela junto a um interruptor foram utilizados na mala. Até hoje, inúmeras teorias permeiam o conteúdo do objeto, indo desde barras de ouro não-registradas, até o roubo dos diamantes feito pelos gângsteres em Cães de Aluguel, filme anterior do cineasta.
Em uma das hipóteses mais absurdas - ou não -, alega-se que a maleta contém a alma de Marsellus Wallace, que teria perdido o item após um pacto com o diabo. Corroboram essa teoria fatos como o personagem ter um curativo na nuca (local por onde a alma teria sido tirada) e o código para a abertura do item ser 666.
De qualquer forma, seja uma explicação simples ou até mais elaborada, Tarantino acertou em não destrinchar esse elemento de Pulp Fiction; fazendo com que nós, espectadores, até hoje, especulemos sobre o assunto.