Podemos dizer sem correr muitos riscos que, com Oppenheimer, Cillian Murphy já atingiu uma espécie de ápice em sua carreira. Tendo iniciado em 1998, alinha em 25 anos de trabalho uma filmografia sólida de cerca de sessenta contribuições artísticas, sejam curtas-metragens, séries de TV ou filmes. Uma filmografia bastante eclética.
Depois de alguns filmes para a televisão e longas-metragens, o jovem começou a se destacar na Inglaterra com um papel em Clube dos Suicidas, depois aparecendo em Disco Pigs, adaptação de uma peça que ele estrelou anos antes. Em 2003, conseguiu seu primeiro grande papel ao protagonizar o formidável filme de terror pós-apocalíptico Extermínio, de Danny Boyle, que logo depois teve uma continuação.
Suas colaborações com Nolan permitiram a ele alcançar o auge de sua filmografia nas obras do cineasta. Até o momento, Oppenheimer já é um filme com sucesso de público e crítica.
Mas e o pior filme de Cillian Murphy?
Bom, tecnicamente é uma comédia lançada em 1999 e inédita por aqui chamada Sunburn. Dirigido por Nelson Hume, foi o primeiro filme de boa bilheteria com Murphy no elenco.
Ele interpretou um membro de um grupo de amigos estudantes irlandeses que conseguiu um emprego de verão em Long Island. E embora ela apareça sendo muito mal avaliada nos pincipais sites que reúnem notas de crítica e público, ela recebeu tão poucas avaliações que não seria justo rotular o filme assim.
Se procurarmos bem, vamos concluir que Voo Noturno seja o suposto pior filme de Cillian Murphy, com péssimas avaliações. Embora seja necessário colocar as coisas em perspectiva, na medida em que alguns de seus colegas atores e atrizes também tenham filmes com péssimas avaliações.
Abandonando o registro de pavor e horror que tanto amava, Wes Craven criou em Voo Noturno um thriller cuja atmosfera opressiva é inteiramente baseada no magnetismo de Cillian Murphy, que interpreta aqui um mercenário sanguinário chamado Jackson Rippner - um sobrenome que obviamente lembra um certo Jack, o Estripador, também conhecido como Jack, The Ripper, em inglês.
Sob sua aparência inofensiva, o homem na verdade faz parte de uma conspiração para matar o secretário adjunto de Segurança Nacional. E sua vizinha de assento, interpretada por Rachel McAdams, pagará o preço por uma chantagem odiosa.
Feito com um pequeno orçamento de US$ 26 milhões, o filme arrecadou US$ 96 milhões de bilheteria mundial. Um sucesso modesto para Wes Craven, que na época ainda lutava para se recuperar da desastrosa recepção reservada a seus filmes anteriores, Música do Coração e Amaldiçoados, ainda que Pânico 3 tenha recuperado ele em 2000.