Lançado em 1982, Conan, o Bárbaro não só transformou Arnold Schwarzenegger em uma estrela de Hollywood, como gerou inúmeras imitações baratas, em particular as produções italianas Ator l'invincibile (1982), Ator 2 - L'invincibile Orion (1982), Thor il Conquistatore (1983) e Il mondo di Yor (1983). Não recomendamos que você assista a menos que seja um entusiasta ou pesquisador desse nicho. Fato é que, de todas as releituras, uma se destaca por seus próprios méritos. E não são nada positivos!
Trata-se de The Sword and the Sorcerer, também de 1982. O cineasta americano Albert Pyun, então aos 30 anos, já era um especialista em fazer todos os tipos de filmes Z, quer dizer, tirando o máximo proveito do menor orçamento possível. São dele a primeira versão do Capitão América, de 1989, e longas como Cyborg - O Dragão do Futuro (1989), Kickboxer 2 - A Vingança do Dragão (1991) ou Omega Doom (1996). Mas talvez nada tenha sido mais trash do que o primeiro projeto que o tornou famoso.
The Sword and the Sorcerer arrecadou impressionantes US$ 39 milhões nas bilheterias internacionais (via Box Office Mojo), quase 10 vezes mais do que seu custo de US$ 4 milhões. Além disso, ganhou status de cult – mesmo que possa ser considerado um filme amaldiçoado.
Afinal, durante as gravações, um dos dublês de ação mentiu dizendo que já havia pulado antes do topo de um morro, a 24 metros de altura, até o chão. Jack Tyree pensou que seria moleza, mas nunca aterrissou nos airbags que o aguardavam após a queda e morreu na hora. A obra é, inclusive, dedicada ao profissional, cuja queda ainda pode ser vista como uma forma de homenageá-lo.
Vale lembrar que é uma prática comum na indústria que dublês que morrem no set tenham parte dessa cena incluída na versão final. Portanto, tudo fica mais arrepiante quando descobrimos a verdade por trás do fatídico momento em The Sword and the Sorcerer. Confira a seguir:
Tyree, por sua vez, tinha em seu currículo títulos como O Planeta dos Macacos (1968), Fuga de Nova York (1981) e Blade Runner - O Caçador de Androides (1982). A título de curiosidade, em 2010 foi lançada uma continuação de The Sword and the Sorcerer, intitulada Tales of an Ancient Empire, estrelada por Kevin Sorbo. No meio das filmagens, a verba acabou, e Pyun, novamente dirigindo, resolveu colocar dinheiro do próprio bolso e terminar tudo com chroma key (a famosa tela verde).