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    Indiana Jones tem referência sinistra a Oppenheimer: Este momento PRECISA estar no novo filme de Christopher Nolan
    Lucas Leone
    Lucas Leone
    -Redator | Crítico
    Lucas só continua nesta dimensão porque Hogwarts ainda não aceita alunos brasileiros. Ele até tentou ir para Westeros ou o Condado, mas perdeu a hora do Expresso do Oriente. Hoje, pode ser visto escrevendo no Central Perk mais próximo.

    Uma das discussões em O Reino da Caveira de Cristal é a devastação causada pelo conhecimento – uma questão polêmica que tem tudo a ver com o “pai da bomba atômica”.

    Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, quarto filme da franquia criada por Steven Spielberg e George Lucas, começa com uma operação realizada por soldados soviéticos no estado americano de Nevada, em 1957, a fim de sequestrar o famoso arqueólogo vivido por Harrison Ford e seu parceiro George McHale (Ray Winstone).

    O roteiro, assinado por Lucas e David Koepp, continua com Indy conseguindo escapar apenas para se meter em mais uma confusão. O adolescente Mutt Williams (Shia LaBeouf) o procura para pedir ajuda depois que um amigo em comum foi sequestrado junto com sua mãe, Marion Ravenwood (Karen Allen). Com o tempo se esgotando e os agentes russos se aproximando, a dupla segue para a América do Sul em busca de uma mítica cidade feita de ouro.

    Assim como seus antecessores – Os Caçadores da Arca Perdida (1981), O Templo da Perdição (1984) e A Última Cruzada (1989) –, o longa trata da busca pelo conhecimento. Afinal, embora Indy seja mais lembrado por suas aventuras de campo, ele também é professor universitário e tem uma ampla bagagem teórica.

    É isto que a líder dos soviéticos, Irina Spalko (Cate Blanchett), não percebe: o conhecimento deve ser conquistado. É claro que os ignorantes podem se aproveitar dos sábios, mas não surpreende que eles se deem mal no fim. É o que acontece com Spalko, que, ao tentar copiar o dever de casa de Jones, acaba expondo seu total desconhecimento. “Eu quero saber tudo!”, brada ela segundos antes de seu cérebro derreter sob o peso do conhecimento infinito.

    Paramount Pictures
    Harrison Ford, Shia LaBeouf e Cate Blanchett em cena de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal.

    A disputa entre Indy e Spalko tem maior significado narrativo quando se considera que o filme retrata o período da Guerra Fria. Ainda assim, há ecos do trágico bombardeio atômico promovido pelos Estados Unidos no Japão, em agosto de 1945, que serviu de encerramento para a Segura Guerra Mundial.

    A referência aparece mais explicitamente quando Spalko diz: “Agora me tornei a Morte, a destruidora de mundos.” Essas palavras foram proferidas por ninguém menos que Robert J. Oppenheimer após a criação da arma nuclear. Justamente a história do cientista americano e de sua terrível invenção são tema do novo projeto de Christopher Nolan, Oppenheimer, que estreia no dia 20 de julho e traz Cillian Murphy como o personagem-título. Será que a icônica fala estará presente?

    Assim, fica claro que as várias missões empreendidas por Indy têm uma razão maior do que a satisfação pessoal: é preciso impedir que artefatos históricos caiam nas mãos erradas, pois podem levar à destruição da humanidade. É isso que também move o arqueólogo no 5º e último filme da saga, intitulado A Relíquia do Destino, que chega aos cinemas hoje (29).

    Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
    Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
    Data de lançamento 21 de maio de 2008 | 2h 03min
    Criador(es): Steven Spielberg
    Com Harrison Ford, Shia LaBeouf, Karen Allen
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