Seja em Superbad, Anjos da Lei ou O Lobo de Wall Street: Jonah Hill não precisa mais provar a ninguém que pode ser engraçado. Mas ele também tem habilidades sérias, como ficou mais do que claro com O Homem que Mudou o Jogo. No final, ele recebeu sua primeira de duas indicações ao Oscar. Mas só porque alguém é versátil na frente da câmera não significa que também seja bom na cadeira de diretor.
No caso da estreia de Jonah Hill na direção de um longa-metragem, no entanto, todas as dúvidas eram infundadas - porque Anos 90, de 2018, é uma aterrissagem absolutamente perfeita e imperdível, especialmente para as crianças dos anos 90 que cresceram entre brigas de irmãos e parques de skate. Talvez você tenha perdido a breve passagem do filme nos cinemas ou nunca tenha ouvido falar dele, mas agora você tem a oportunidade de assistir a essa pequena joia (o filme tem 84 minutos, incluindo os créditos) que se encontra disponível no catálogo do Prime Video.
É DISSO QUE SE TRATA ANOS 90
Los Angeles nos anos 90: Stevie (Sunny Suljic) está entrando na puberdade e, ao mesmo tempo, precisa aprender a dar um basta em seu irmão mais velho (Lucas Hedges) e se afastar de sua mãe carinhosa (Katherine Waterston) - sem mencionar o fato de que, aos poucos, chega a pressão para o garoto de 13 anos começar a namorar.
E, de fato, ele logo tem a oportunidade de dar seu primeiro beijo. No entanto, junto com os garotos mais velhos que frequentam a loja de skate local dia após dia, ele se lança não apenas em seus primeiros encontros com garotas, mas também em uma vida de festas, com todas as suas tentações proibidas.
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Tobin Yelland
Anos 90 é pura vida. Por um lado, isso se deve ao fato de que o ator principal, Sunny Suljic, foi feito para o papel do adolescente rebelde em busca de si mesmo (e visivelmente se diverte com isso). Por outro lado, também se deve ao diretor Jonah Hill, que nasceu em 1983 e, portanto, é uma criança dos anos 90, que se baseia em imagens romantizadas, mas nunca se esquece do que é mais importante em seu filme: a autenticidade.
Seja a rebelião contra a própria família, o desejo de liberdade ou a tentação de acender um cigarro, bebericar uma cerveja ou jogar - com sua história tirada da vida e sua produção em close-up, Hill dá ao público a sensação de fazer parte da turma do caos, de sentar no fundão, de se rebelar contra figuras autoritárias e estar em busca de aventuras emocionantes para conhecer melhor não só o mundo, mas também a si mesmo.
Às vezes, você quebra o braço, irrita sua mãe ou se mete em problemas com a lei - apenas para perceber que, no final, tudo é só meio m*rda. Como é possível conhecer seus limites se você nunca os testa?