Embora muitos estúdios de Hollywood estejam tentando manter suas datas de lançamento cuidadosamente planejadas, nenhuma das datas escolhidas foi certa desde a pandemia do coronavírus. Mesmo uma megafranquia como o Universo Cinematográfico Marvel está isenta e isso também é demonstrado por desenvolvimentos recentes.
Quase todos os filmes pendentes da Marvel das Fases 5 e 6 foram adiados. Uma das poucas exceções é Deadpool 3, que chega alguns meses antes do planejado. Caso contrário, teremos que estar preparados para tempos de espera mais longos, especialmente para Vingadores 5: A Dinastia Kang e Vingadores 6: Guerras Secretas.
Com base nas últimas informações, o quinto filme dos Vingadores só chegará às telas em maio de 2026. A sexta parte seguirá um ano depois, em 2027. A diferença entre o último e o próximo filme dos Vingadores está ficando cada vez maior. Sete anos se passarão desde Vingadores 4: Ultimato, quando a Parte 5 chega aos cinemas.
Especialmente em um momento em que o MCU precisa provar seu pé no cinema blockbuster, essa longa pausa parece muito perigosa. Depois de tantos anos sem um poderoso cavalo de tração dos Vingadores, alguém ainda está interessado na franquia? A Marvel está correndo um grande risco, mas pode valer a pena e há três razões para isso:
#1 Marvel precisa de tempo para se reorganizar
Para muitos fãs, o final da saga Infinito foi o auge do MCU. A saga do Multiverso tem sido mista até agora, em parte devido à falta de um fio condutor conectando todos os projetos. As mudanças dão às mentes criativas nos bastidores mais tempo para pensar nas histórias futuras.
Além disso, a greve dos roteiristas tem firmemente mostrado a Hollywood quem está no seu controle. Seria completamente irresponsável enviar filmes com roteiros imaturos para produção agora, apenas para cumprir qualquer data de lançamento. A greve de 2007/2008 já nos ensinou isso com alguns exemplos dolorosos.
#2 Marvel precisa resolver a situação de Kang
Se houve um ponto em comum na saga do Multiverso até agora, foi o vilão Kang, o Conquistador. O personagem foi introduzido na série Loki, do MCU, e faz sua estreia nas telas em Homem-Formiga e a Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. Inclusive, está consagrado no título do próximo filme dos Vingadores: A Dinastia Kang. Mas há um problema.
Acusações de violência doméstica foram feitas contra o ator Jonathan Majors em março. O caso está na Justiça. A Marvel ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. É questionável se Majors continuará a fazer parte do MCU. Uma figura central teria, portanto, de ser reformulada ou suprimida. A 2ª temporada de Loki, que será lançada em outubro de 2023, pode trazer clareza ao assunto.
#3 Marvel precisa dos filmes dos Vingadores como eventos
Por um tempo, parecia que todos os filmes do MCU quebrariam facilmente a marca de um bilhão de dólares nas bilheterias. Na saga Multiverso, no entanto, apenas um filme conseguiu fazer isso até agora. O MCU se tornou muito comum, arbitrário demais. Falta o personagem de filmes como Top Gun: Maverick e Avatar 2: O Caminho da Água.
A longa espera pelo próximo filme dos Vingadores é uma faca de dois gumes. Ou o entusiasmo pelo MCU continuará a se achatar até o próximo filme dos Vingadores, em 2026, ou a Marvel levanta um dos maiores hypes da história do cinema. O desempenho dos filmes anteriores será decisivo para isso.
Vingadores 3: Guerra Infinita e Vingadores 4: Ultimato funcionaram tão bem porque naquele momento realmente parecia que tudo o que havia sido preparado por dez anos estava culminando. O MCU perdeu esse ímpeto e um filme dos Vingadores sozinho não vai mudar isso. A Marvel só pode se beneficiar de dedicar mais tempo ao desenvolvimento de novos projetos para que cada um se torne um destaque.