A Origem, filme dirigido por Christopher Nolan e lançado em 2010, tem um desfecho tremendamente ambíguo e que até hoje gera comentários. Depois de uma missão muito complicada em que o personagem de Leonardo DiCaprio e sua equipe se movem por diferentes camadas de sonhos, o protagonista parece resolver seu conflito com sua esposa.
Mas, quando chega em casa com os filhos e parece que está tudo resolvido, ele gira o totem que o avisa se está na realidade ou não. E é aqui que está o problema: Nolan não mostra se aquele pequeno pião cai ou não.
"O que acho engraçado é que as pessoas esperam que eu responda", disse Nolan em 2010, em entrevista ao Entertainment Weekly sobre o final de A Origem. Agora, por ocasião da estreia de seu próximo filme, o cineasta voltou a falar sobre o fim de seu famoso longa-metragem e reconheceu que há uma ligação com o de Oppenheimer, que chega aos cinemas em 20 de julho.
"Quero dizer, o final de A Origem é exatamente isso. Há uma visão niilista desse final, certo? Mas também, ele seguiu em frente e está com seus filhos", disse ele à Wired, quando questionado sobre os finais de seus filmes, incluindo os de Interestelar, a trilogia de Batman e Dunkirk.
Como ele acrescenta: "A ambiguidade não é emocional; é uma incerteza intelectual para o público. É engraçado, há uma relação interessante entre os finais de A Origem e Oppenheimer para ser explorada. Oppenheimer tem um final complicado."
Embora ainda não saibamos como será o final de Oppenheimer, Nolan disse que quem viu o filme saiu da sala "totalmente devastado". "Eles não conseguiam nem falar. Há um elemento de medo na história", conclui.