Existem mais semelhanças do que diferenças entre o live-action de A Pequena Sereia e a animação da Disney lançada em 1989. O novo longa estrelado por Halle Bailey mantém toda a essência da princesa que sonha em desbravar o mundo fora do oceano, ao mesmo tempo que traz uma pegada de empoderamento feminino que reflete nossa sociedade atual. Porém, há uma mudança significativa relacionada a uma personagem que sequer aparece: a mãe de Ariel.
Se a primeira versão de A Pequena Sereia não dá muitas explicações, o remake deixa claro desde o início que Tritão (Javier Bardem) tem uma razão convincente para odiar o povo da superfície e considerá-lo uma terrível ameaça ao universo subaquático. Conforme informado pelo próprio rei, a mãe de Ariel foi morta por humanos. Embora não sejam fornecidos mais detalhes, a protagonista afirma que foi apenas um homem que fez isso.
Assim como a filha, a esposa de Tritão era fascinada pela terra firme. Foi justamente durante uma de suas incursões que o pior aconteceu, gerando uma série de mudanças no reino – entre elas a proibição de qualquer contato com a humanidade. Não sabemos a causa exata da morte, mas no live-action vemos os tripulantes do barco de Eric (Jonah Hauer-King) lançando vários arpões no mar, o que nos permite imaginar que foi dessa maneira que a mãe de Ariel foi atingida.
Essa revelação não fazia parte do desenho original. Foi só no terceiro filme de A Pequena Sereia, um prólogo intitulado A História de Ariel (2008), que o terrível passado veio à tona. Logo nos primeiros minutos, conhecemos a rainha Athena enquanto os habitantes do reino desfrutam de um agradável momento na superfície. No entanto, uma tempestade se aproxima junto de um navio pirata, fazendo com que todos retornem rapidamente ao fundo do mar.
Nesse processo, Athena acaba esmagada contra uma rocha ao tentar recuperar uma caixinha de música que Tritão lhe deu. Um acidente que o remake preferiu ignorar para apostar em uma nova (e mais dramática) solução.